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Seminário na FCSH aborda questões sobre o "Desenvolvimento Regional e Economia Social"
Carla Sousa · quarta, 26 de outubro de 2016 · @@y8Xxv No seminário “Desenvolvimento Regional e Economia Social”, o docente da Universidade da Beira Interior (UBI), José Pires Manso, e o professor da Universidade Regional de Blumenau, Ivo Theis, defenderam que a Economia Social contribui “fortemente” para gerar emprego em Portugal e que no domínio solidário os indivíduos devem assumir uma atitude transformadora na sociedade. A iniciativa decorreu no passado dia 21 de outubro, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH). |
José Pires Manso e Ivo Theis foram os oradores convidados do seminário |
22004 visitas De acordo com o docente da UBI “a Economia Social em Portugal representa cerca de quatro a cinco por cento do emprego, o que é uma percentagem bastante significativa. A par disso o nosso país tem mais de quinhentas mil instituições que trabalham na área da Economia Social”. José Pires Manso acrescenta ainda que durante o período de crise económica, as instituições do setor social deram um importante contributo para que a “difícil” situação financeira de várias famílias portuguesas não fosse tão evidente. “Praticamente todo o apoio à terceira idade que é feito em Portugal é dado por instituições de solidariedade social, que acolhem e substituem as famílias. Se não houvesse instituições como o Banco Alimentar Contra a Fome e outro tipo de instituições, é evidente que os problemas sociais do país seriam agravados neste contexto de crise económica”, considera. Por sua vez, o professor da Universidade Regional de Blumenau, refere que no Brasil a “questão regional tem muito a ver com a Economia Social”. Por essa razão defende que os cidadãos devem ter o poder de influenciar a organização do território através “da ampliação do processo de participação e democracia”.“Para que a utopia dos territórios solidários se concretize o povo deve assumir a tarefa de transformar a sociedade em que vive sem quaisquer outras mediações e alianças”, conclui. Já o presidente do Departamento de Gestão e Economia (DGE), Alcino Couto, destaca que “às vezes confunde-se Economia Social com Estado e muitas vezes este setor é olhado com alguma desconfiança, porque quando este setor ganhou uma certa autonomia e robustez passou a existir menor peso do estado e até uma certa desresponsabilização do Estado relativamente àquilo que são as suas funções sociais”. O docente da UBI, António Fernandes de Matos, foi o responsável pela organização do seminário. O também diretor da Licenciatura em Economia salienta que “ligar as questões de Desenvolvimento Regional com as questões da Economia Social faz todo o sentido. Desta forma, os nossos alunos podem debater estes novos temas de investigação num ambiente mais descontraído, em seminários”.
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