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Linda Martini incendeia o Pavilhão da Anil
Hugo Geada e Edgar Simões · quarta, 26 de outubro de 2016 · Continuado A quinta noite da Receção ao Caloiro teve como cabeça de cartaz um dos nomes mais sonantes do atual panorama musical português, os aclamados Linda Martini. |
Na foto podemos ver todos os elementos da banda Da direita para a esquerda: André Henriques, Cláudia Guerreiro, Pedro Geraldes e Hélio Morais Fotografia de: Carolina Coelho |
21998 visitas Após uma ausência de quatro anos em terras serranas, a banda Linda Martini regressou na quinta-feira, dia 20, para a edição 2016 da Receção ao Caloiro. A caminho das grades sentia-se uma certa eletricidade no ar. A confirmação da banda causou um alvoroço nas redes sociais e foi o suficiente para retirar muitos jovens da sua casa e dirigirem-se até ao Pavilhão da Anil. O rock instalou-se na cidade neve e foi servido em dose dupla. Para aperitivo, Bunnyman on a Pony, uma jovem banda oriunda de Coimbra que venceu o concurso de bandas 2016, deu uma lição de como atuar num palco. Competentes a todos os níveis, transmitiram uma energia muito positiva para um público que soube retribuir. O seu estilo garage rock soa a juventude e irreverência, sem medo de mostrarem o que gostam e aquilo que valem. Apesar do número ainda reduzido de pessoas que constituíam a audiência, esta banda de garagem deixou tudo em palco. Embora o set tenha sido composto por músicas maioritariamente cantadas em inglês, não desprezaram a sua língua materna, presenteando o público com a música “Sanguessuga Espacial”, original da banda e por muitos considerado o ponto alto do concerto. Com o concerto do quarteto lisboeta a aproximar-se, a audiência começou a compor-se e as t-shirts da banda Linda Martini começaram a surgir. Com quatro álbuns de originais e uns quantos EP’s, Linda Martini apresentava-se no palco da ANIL quatro anos depois e mais uma vez no mesmo evento. O seu último trabalho, Sirumba, já percorreu grande parte do país, inclusive o Coliseu dos Recreios. A tão esperada entrada deu-se com a música "Dez Tostões", single lançado no ano passado e que não fez parte do novo álbum. Bastaram os primeiros acordes para que a audiência se entregasse por completo. O alinhamento foi composto, essencialmente, por músicas do Sirumba. Mas ainda houve tempo para uma viagem pelos álbuns anteriores. Hinos como “Juventude Sónica”, “Cem Metros Sereia”, “Belarmino Vs.” e “Dá-me a tua Melhor Faca” não podiam faltar na setlist. Os fans pediram um Encore e tiveram-no. A banda estava em perfeita sintonia com o público, que cantava em uníssono com os quatro “Putos Bons” que embelezavam aquele palco. “Amor é não haver polícia”, faixa do primeiro álbum da banda, fechou com chave de ouro um concerto que vai com certeza ficar na memória de todos. No final, apesar do suor e do cansaço, os sorrisos e os abraços fraternos eram reflexo de um concerto de fortes emoções. Após o concerto, ainda houve tempo para uma entrevista com a banda, onde os músicos confessam que o concerto na Covilhã foi o melhor na cidade neve, mas também uma das melhores da tour. |
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