Na última quarta-feira, dia 12 de Outubro, os estudantes que ingressaram no ensino superior em 2016 foram batizados pelos superiores dando seguimento à tradição académica. Este ano as condições climatéricas obrigaram à mudança do local do baptismo, tendo o Imperatorium percorrido todos os lugares de latada.

Momentos antes da chegada do Imperatorum, o superior na hierarquia das praxes, todos os estudantes, devidamente identificados com as camisolas do curso, preparam-se para o grande  momento. Cumprimentam e divertem-se com os seus superiores, enquanto aguardam a chegada da autoridade maior das praxes.

Os caloiros reúnem-se então em redor de duas caixas para receberem os nomes de praxe, na sua maioria de teor cómico, que os veteranos e padrinhos de praxe escolheram para eles. Depois de atribuídos os novos nomes, cada caloiro espera pelas palavras do Imperatorum que dizendo "Habemus Praxis" aguarda de seguida que seja enunciado o novo nome atribuído ao caloiro, para dar início à cerimónia.

Para além do ritual de atribuição de nomes e da farinha e água que é deitada sobre a cabeça dos caloiros é a própria relação com os superiores que muda com o baptismo. "No começo os nossos superiores são carrascos mesmo conosco como forma de impor respeito, mas com o tempo eles começam a ajudar-nos e a aconselhar-nos, tanto que no fim, quando tentam serem carrascos conosco acabam por não conseguir e começam a rir-se",  Beatriz Gonçalves, aluna do 1º ano de Ciências da Comunicação.

Depois de levarem com muita água e farinha, os caloiros têm ainda de apresentar uma pequena coreografia e entoar uma música do curso. Esta performance é decisiva para a classificação do baptismo que por sua vez ditará a ordem pela qual os cursos se apresentaram no cortejo da latada.    

As praxes encerram com o cortejo da latada, que terá lugar no próximo dia 19 de outubro. As ruas da cidade vão ficar repletas de estudantes naquele que é um dos eventos mais marcantes de toda a vida académica.