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Ação de formação para acolhimento de refugiados na Covilhã
Carla Sousa · quarta, 12 de outubro de 2016 · O Conselho Português para os Refugiados (CPR) ministrou, na Biblioteca Municipal da Covilhã, no passado dia 10 de outubro, uma ação de formação e sensibilização para o acolhimento de refugiados, dirigida aos técnicos e Parceiros do Conselho Local de Ação Social (CLAS). Uma iniciativa onde se defendeu que a parceria tripartida entre entidades da sociedade civil, Municípios e Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) permite um plano de integração de refugiados “mais abrangente”. |
Ação de Formação para acolhimento de refugiados decorreu na Biblioteca Municipal |
21980 visitas Segundo a jurista do CPR “estas parcerias entre entidades é a situação ideal que tem funcionado bastante bem, independentemente de existirem protocolos individualizáveis, depois na prática é um trabalho em parceria que envolve diversas entidades e que permite ter um plano de integração mais abrangente”. A formadora do CPR defende ainda que aquando o momento de inclusão dos cidadãos lhes seja explicado “todo o mecanismo de direitos e deveres, pois isso é absolutamente essencial na medida em que até já existem entidades que o fazem através de guias de acolhimento”. Até verem o seu pedido de recolocação definitivamente resolvido, os requerentes de asilo passam por um moroso processo, que de acordo com Rita Santos, suscita nestes indivíduos uma sensação de instabilidade e insegurança. “Muitas vezes as pessoas não se sentem seguras ou estáveis porque ainda não houve uma decisão final sobre o processo. Isto está relacionado com a questão da gestão das expectativas, é muito difícil estarmos a explicar às pessoas que o SEF tem o seu tempo de análise”, conta. Para Rita Santos “o processo de recolocação está efetivamente a ser implementado de forma mais lenta do que aquilo que era esperado, não só para Portugal mas para todos os outros países”. Recorde-se que dos 5000 mil refugiados que Portugal se comprometeu a acolher, até ao momento apenas chegaram ao país cerca de 534. Uma realidade que, como explica a oradora, pode ser atribuída “ao facto de haver constrangimentos locais, na Grécia e Itália, porque ainda assim há um primeiro processamento dos pedidos a nível local, onde se identificam as pessoas para irem para os diversos países e esse processo está a demorar algum tempo”. “Introdução à Proteção Internacional”, “Agenda Europeia para a Migração”, “Plano Nacional de Acolhimento e Integração de Pessoas com Necessidades de Proteção Internacional”, “Desconstrução de Estereótipos: mitos e realidade sobre refugiados”, “Promoção do acolhimento e integração de refugiados à escala local” foram alguns dos conteúdos programáticos da ação, onde estiveram representadas 36 entidades parceiras do Conselho Local de Ação Social (CLAS), instituição organizadora da iniciativa.
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