A variabilidade de resposta aos medicamentos entre os diversos pacientes, é frequentemente atribuída a variáveis físicas e ambientais, mas também à composição genética de cada indivíduo, daí que para a presidente do UBIPharma a temática abordada no congresso seja de extrema importância para os futuros profissionais na área das Ciências Farmacêuticas.“Na universidade não temos esta formação tão completa e neste congresso conseguimos abranger toda a área da Farmacogenética. Cada vez se pensa mais em fazer medicamentos individualizados para cada pessoa e é isso que a genética permite, o estudo dos genes para individualizar cada vez mais esse conhecimento, algo que é ótimo para os futuros profissionais de saúde”, refere.

Raquel Bento destaca também que na atualidade os discentes de Ciências farmacêuticas possuem um gosto cada vez “maior” pela área da investigação, e é através dela que se “observam os genes para individualizar cada vez mais a terapêutica”. Neste sentido, reitera que se trata de um evento onde se pretende “completar toda a formação que os estudantes têm nas aulas. O congresso é numa área completamente atual, é sem dúvida uma mais-valia os alunos terem estes conhecimentos para uma vida futura”.

Os alunos de Ciências Farmacêuticas não quiseram ficar indiferentes à realização da segunda edição do Congresso Científico Anual pelo que aderiram em força. Segundo dados da organização registaram-se 170 inscrições, números estes que deixam a responsável pelo UBIPharma satisfeita. “O Congresso teve uma boa adesão, na verdade todos os estudantes de Ciências Farmacêuticas se inscreveram. Faço um balanço muito positivo, o auditório esteve bem composto, parece que as pessoas gostaram pois é um tema novo e interessante”, admite.

Introdução à Farmacogenética/Farmacogenómica”, “Farmacogenómica/Farmacogenética: Realidades e Perspetivas na Prática Clínica e Laboratorial” e “A Ética da Farmacogenómica/Farmacogenética e a questão Custo-Efetividade” foram os três painéis que integraram o congresso. Luiza Granadeiro, diretora do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, Manuel Bicho, professor catedrático da Universidade de Medicina de Lisboa, Suzana da Fonseca, especialista superior de Medicina Legal no Serviço de Química e Toxicologia Forenses na delegação Sul do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses foram alguns dos oradores da iniciativa.