De acordo com o coordenador do FabLab, o equipamento, já há muito ansiado, vai "apoiar a investigação que é feita na Universidade e nas suas unidades de investigação, permite que em projetos que requeiram a construção de protótipos, esses protótipos possam ser feitos aqui, uma vez que temos possibilidade de trabalhar em materiais muito diversos, desde madeira até pedra e aços, pois as máquinas têm essa flexibilidade".

Além disso, como explica Hélder Correia, o FabLab vai ser também uma mais-valia para as empresas e para as unidades de investigação de outras instituições de Ensino Superior, uma vez que se prevê que, através de parcerias, o tecido empresarial possa também usufruir dos equipamentos, até então inexistentes na região, para desenvolver novos projetos de investigação. "Podemos também fazer parcerias com outras unidades de investigação de outras instituições. Portanto, temos uma grande variedade de oferta, também para as empresas que queiram fazer o desenvolvimento de produtos no âmbito de projetos de investigação aplicada. Temos aqui equipamentos que na região ainda não estavam disponíveis", assegura.  

Quanto ao preço a pagar pelos utilizadores do espaço, o responsável pelo FabLab esclarece que "as próprias unidades de investigação e os projetos que venham a utilizar o laboratório terão que dar uma pequena contribuição que cubra os custos de manutenção". De resto, o também docente da UBI deseja que este equipamento que está agora em funcionamento "possa ter recetividade por parte da comunidade, que nos procurem e utilizem as máquinas para aquilo que necessitam".    

O reitor da UBI, assume que edificar esta estrutura "não foi assim tão fácil", no entanto depois da obra erguida diz esperar que "esta ligação da universidade à indústria seja cada vez mais forte também para o bem da região e sobretudo da formação dos nossos alunos". António Fidalgo acrescenta ainda que "o que se espera é o sucesso, que o FabLab seja um farol da indústria e que daqui a alguns anos consiga gerar algum dinheiro, não só para o mantermos, mas também para o renovarmos e para melhorar".

O FabLab representa um investimento de 600 mil euros, financiados a 85 por cento pelo Mais Centro e o restante resultante de verbas da própria UBI. Afeto ao Centre for Mechanical and Aerospace Science and Technologies (C-MAST), a infraestrutura vai, então, prestar apoio aos diversos cursos da área da Engenharia.