Em declarações ao Urbi et Orbi, a coordenadora do CICS explica que se trata de uma iniciativa que pretende ir ao encontro do apelo deixado pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, na carta enviada a todas as instituições do ensino superior, no arranque do presente ano letivo, para que impulsionassem iniciativas de receção dos novos estudantes alternativas às praxes académicas.

“Hoje em dia a praxe está conotada muito negativamente, e a intenção do Senhor Ministro é que todas as entidades dentro das instituições universitárias colaborassem no sentido de tentar integrar os caloiros, de maneira a que não estivessem tão ligados à praxe. Não é fácil porque eles têm aquela organização da praxe, mas mesmo assim conseguimos fazer alguma coisa”, conta. Recorde-se ainda que nesta missiva o governante sugeria que a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) apoiasse, através das unidades de investigação que financia, atividades de índole científico e cultural.

Para além de ficarem a conhecer a atividade científica do CICS, os novos estudantes puderam também testar os seus conhecimentos através de um quizz científico e ainda participaram num debate centrado na questão “Humanos geneticamente selecionados?”. Para um primeiro evento deste género, Ana Paula Duarte, que contou com a colaboração dos núcleos de estudantes, mostrou-se satisfeita com o resultado conseguido. “O balanço foi muito positivo, o evento foi organizado num curto espaço de tempo e os núcleos responderam muito bem. Ambos os alunos do primeiro ano como os dos núcleos são fantásticos, deu para notar que os novos estudantes estão muito bem preparados, têm uma grande capacidade de argumentação que gostei de ver”, destaca.  Uma primeira iniciativa de integração científica que é também “uma forma de os tentar cativar a fazer investigação e a virem trabalhar para o CICS”, refere.

O “Sunset de Integração Científica” mereceu também os elogios dos participantes. “Eu gostei imenso do evento porque mostrou-nos que o objetivo era dar-nos a conhecer o que era a investigação. Do que mais gostei foi do debate porque no que toca à investigação toda a gente se une com um objetivo em comum, independentemente do curso que se frequente”, realça a estudante do curso de Medicina, Beatriz Faneca.

 De acordo com o aluno de Biotecnologia, Filipe Vítor, “o evento foi interessante, informativo e deu para aprender bastante, mas também gostava de ter ouvido alguns investigadores a falar sobre o trabalho que fazem”. Quando questionado sobre que modalidades de integração merecem a sua preferência, o discente que já sonha com um futuro no mundo da investigação argumenta que “as praxes académicas são um evento social enquanto que as iniciativas como esta são mais informativas, por isso o que é necessário é um equilíbrio entre as duas”. Para o próximo ano, a responsável pelo CICS promete repetir a experiência e “fazer uma coisa muito melhor”.