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Fazer cinema com paixão
Daniela Oliveira · quarta, 5 de outubro de 2016 · Pedro Rodil e Raquel Jacob foram as personagens principais de “A Paixão do Operário”, uma curta metragem de João M2 Inácio, ex-aluno de cinema da Universidade da Beira Interior, com argumento de Ivo da Rocha Silva aluno de Ciências da Comunicação |
Elenco do Filme "A Paixão do Operário" (Fonte M4MProductions) |
21962 visitas O filme “A Paixão do Operário” estreou na passada quinta-feira, dia 29, no Teatro Municipal da Covilhã. O romance retrata a história de um operário que viveu na Covilhã do século XX, em plena época industrial, que se apaixonou pela filha do patrão. “Esta história é a prova de que a vida é imprevisível, e que há muito poucas coisas impossíveis”, realça o realizador João M2 Inácio. O projeto, que envolveu cerca de 30 pessoas, foi produzido pela M4MProdutions e demorou cerca de 8 meses a ser concluido. “Escolhi a cidade da Covilhã para gravar a curta metragem devido ao seu contexto histórico e à ajuda de produção da New hand lab”, explica João Inácio. “A maior dificuldade foi a nivel de apoio económico”, salienta o realizador. A curta metragem nasceu da vontade de um jovem realizador que, apaixonado pelo cinema, e contra todas as adversidades que o mercado de trabalho lhe impõe, consegue levar à grande tela o seu trabalho. João Inácio adaptou, realizou e ainda escreveu e deu voz às músicas originais que acompanharam o filme. O elenco composto por 19 atores, contou com a presença de Pedro Rodil e Raquel Jacob nos papeis principais. Sérgio Novo, diretor da ASTA, Sandra Ferreira, António Garrett, Adriana Pais, entre outros artistas covilhanenses tiveram oportunidade de trabalhar neste projeto. Nas palavras do argumentista Ivo da Rocha Silva, aluno de Ciências da Comunicação da UBI, “o balanço é muito positivo. Numa cidade onde é muito dificil fazer cultura, e encher a sala deste teatro, é muito gratificante chegar aqui e ver esta sala cheia na estreia deste trabalho”. A Câmara Municipal da Covilhã foi um dos patrocinadores deste projeto. Numa forte aposta a nivel cultural, Jorge Torrão, vereador da cultura, realça que “este é o inicio de uma obra de grande alcance não só para este jovem realizador, como para toda a cidade”. O público que encheu a sala do Teatro Municipal teceu rasgados elogios à perseverança do jovem realizador, salientando a qualidade dos 27 minutos de “A Paixão do Operário”. Para Manuel Silva, um dos espectadores, “O filme foi muito bem conseguido, só é de lamentar a falta de apoios ao cinema português. O João teria panos para mangas com a história da nossa cidade”. |
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