![]() |
Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
UBI chamou amantes do cinema à Parada
Diogo Camilo · quarta, 5 de outubro de 2016 · Continuado O encontro internacional “O Cinema e as outras Artes” teve a sua primeira edição em vários pontos da UBI e juntou apaixonados de diversas formas de arte tendo como ponto de ligação o Cinema. |
![]() Foram várias os participantes na conferência “O Cinema e as outras Artes” |
21994 visitas Desde a invenção dos irmãos Lumière do cinematógrafo e da criação do primeiro filme que tem existido sempre uma aliança e uma relação profícua entre o cinema e outras artes, sustentado por dialogismos que se estendem entre a expressão das outras artes no cinema e a transmutação do cinema nas outras artes. Foi neste encontro de simpatizantes da cinematografia, realizado nos dias 29 e 30 de setembro, por vários pontos da Parada da Universidade da Beira Interior, que se realizou o encontro internacional "O Cinema e outras Artes", onde se assistiu à associação do Cinema à Dança, à Fotografia, à Filosofia, às Artes Plásticas, à Literatura e à Arquitetura bem como se discutiu sobre os processos de autoria e produção do contexto cinematográfico. A manhã do dia 30 começou no anfiteatro da Parada com o nono painel de debate, sobre o tema "Cinema e Literatura" e composto por Fátima Leonor Sopran, professora da Universidade do Estado da Bahia e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Sigridi Suzelei Alves e Maria do Socorro Aguiar Pontes Giove, professoras da Universidade de Brasília, e de Paulo Matos, professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo-se falado da construção de espaços de suspense num filme e num livro em particular, e da intermedialidade entre artes em geral. O referido painel abriu com a análise de momentos de suspense durante o filme de Alfred Hitchcock, "Rebecca", e o conto de Lygia Fagundo Telles "As Formigas" por parte de Fátima Sopran, em que esta deu especial destaque ao poder que o cinema e a literatura podem ter para cativar o espetador em momentos específicos. A segunda interveniente foi Sigridi Alves, que se debruçou também sobre "Rebecca" de Hitchcock, mas desta vez para determinar comparações entre a abordagem do filme em relação ao livro que lhe deu origem, escrito por Daphne du Maurier, com especial destaque na importância que a narrativa e a imagem têm para criar uma opinião acerca das personagens de uma estória. A terceira oradora foi Maria do Socorro Giove e levou a cabo o estudo comparado entre o romance de Pierre Boileau e Thomas Narcejac, "Sueurs Froides" e a obra cinematográfica "Vertigo", também de Alfred Hitchcock, com base no conceito da Dobra, desenvolvida pelo filósofo Gilles Deleuze, mostrando exemplos da ligação entre as duas obras e a sua análise, onde "a duplicação de lugares, personagens e objectos intensifica o suspense em ambos os casos" como explicou a professora. O painel encerrou com o professor Paulo Matos, que expôs o ponto de ligação entre o quadro de José Malhoa, "O Fado", "Fado Malhoa", música interpretada por Amália Rodrigues e a curta-metragem homóloga da canção, realizada por António Fraga, como exemplo de um ponto de contacto entre manifestações de diversas artes em relação à ideologia política, com especial destaque para "a maneira contrastante como os artistas e os sistemas políticos soberanos olhavam para a identidade nacional" como tentou mostrar o conferencista. |
Palavras-chave/Tags:
Artigos relacionados:
GeoURBI:
|