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Deputado e Politólogo proferem Palestra de Abertura do Ano Letivo na FCSH
Carla Sousa · quarta, 21 de setembro de 2016 · @@y8Xxv José Manuel Pureza, professor catedrático da Universidade de Coimbra, e José Adelino Maltez, docente catedrático do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), foram os oradores convidados para a já habitual Palestra de Abertura do Ano Letivo, que decorreu no passado dia 19 de setembro, aos novos estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade da Beira Interior (UBI). Os palestrantes centraram o seu discurso na importância da universidade e das áreas das ciências sociais e humanas para a construção do conhecimento. |
José Adelino Maltez, José Manuel Pureza, Pedro Guedes de Carvalho e Francisca Castelo Branco |
21955 visitas A cada ano a Palestra de Abertura do Ano Letivo é dedicada a uma área científica da FCSH, no ano letivo de 2016/2017 a escolha recaiu sobre a Ciência Política e Relações Internacionais, mas nem por isso os palestrantes convidados deixaram de abordar a temática de uma forma abrangente a todas as áreas das ciências sociais e humanas e também da Universidade como um todo. De acordo com o deputado do Bloco de Esquerda na Assembleia da República, José Manuel Pureza, “as sociedades são lugares de múltiplas violências e as ciências sociais servem para nós diagnosticarmos, com rigor, essas violências e para identificarmos os mecanismos que as criam, aqueles de que elas se alimentam e os que as podem combater”. Além disso, o também investigador do Centro de Estudos Sociais defende que esta área do saber, não se restringe somente ao plano do diagnóstico dos problemas que grassam no mundo atual, ela serve também para conservar o que já está estudado ou para transformar uma realidade. “O nosso conhecimento tanto serve para conservar, como serve para transformar e as ciências sociais servem precisamente para nós fundamentarmos a escolha de um destes caminhos, há quem estude ciências sociais para conservar o que está , há quem estude ciências sociais para transformar o que está e a transformação é muito plural “, sustenta. Para José Manuel Pureza “a uniformização da diversidade cultural em padrões pronto a usar é a pior coisa que a universidade pode fazer”. “Estudar Ciências Sociais serve acima de tudo para sermos muito exigentes diante da realidade”, conclui. Por sua vez, o conhecido politólogo e comentador, José Adelino Maltez, destaca que a universidade é um local de troca de conhecimento, onde se combatem os “inimigos do humanismo”.“Uma universidade é a troca de saberes e sobretudo uma boa universidade é interdisciplinar. Sem aceder a metodologias que são comuns, teorias como o dos sistemas gerais não se apreende o essencial de uma universidade, sem humanismo, sem um conhecimento do Homem, sem percebermos que aqui é a escola que luta contra os inimigos do humanismo, fanatismo, intolerância e tirania”, sublinha. O também membro do Observatório Político acrescenta ainda que “a universidade não é uma escola para escravos, é uma escola para a liberdade sem a qual não se defende o essencial da liberdade e do humanismo”. Na sessão de boas-vindas aos novos estudantes, o presidente da FCSH, Pedro Guedes de Carvalho, também frisa que “um bom aluno de Ciências Sociais e Humanas é um estudante que se interessa pelas várias áreas que digam respeito ao Homem”. A presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), Francisca Castelo Branco, também marcou presença nesta sessão para apresentar os vários serviços da organização que representa aos novos discentes da FCSH. |
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