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João Morgado lança dois livros premiados
Urbi · quarta, 21 de setembro de 2016 · Região O escritor covilhanense, João Morgado, lançou no passado dia 11 de setembro a obra “Porto de Saudade” e lança no próximo dia 1 de outubro “O Céu do Mar”. Ambos os livros foram premiados em 2015. |
João Morgado |
21984 visitas No passado dia 11 de Setembro, no Castelo de Silves, a Arandis Editora lançou o livro de poesia “Porto de Saudade”, de João Morgado, obra vencedora do Prémio Literário de Poesia Manuel Neto Dos Santos. A obra é escrita numa voz feminina, em jeito de Canção de Amigo - a mulher que fica em terra enquanto o marinheiro parte à aventura no mar para descobrir e conquistar novas terras. Uma reflexão sobre a expansão portuguesa, enquanto a pátria fica despovoada de homens, e onde as riquezas não chegam. “A alma portuguesa divide-se. No cais fica o seu lado feminino, a mulher chorosa, a pátria. À conquista dos mares parte o seu lado masculino, o marinheiro que mais tarde será o corpo do Império. Resistirá a Pátria aos sacrifícios do Império? Os dois lados saberão co-existir sem matar uma das partes da alma lusitana? Qual o destino de Portugal? Partir? Ficar? Procurar eternamente o seu destino?”, explica o escritor. O evento, que contou com a presença de dezenas de pessoas, entre elas vários poetas algarvios, com destaque para o patrono do prémio, Manuel Neto dos Santos, que leu a acta do júri do prémio, justificando a atribuição do mesmo à obra "Porto de Saudade". Esteve ainda presente Filomena Paula Sequeira, vencedora do Prémio na edição 2016. Nuno Campos Inácio, em representação da Arandis Editora, salientou a importância deste Prémio e os seus projetos futuros. Dia 1 de outubro, na Póvoa de Varzim, a Fundação Dr. Luís Rainha lança “O céu do mar”, obra vencedora do Prémio Literário Dr. Luís Rainha, Correntes d’Escritas 2015. Esta novela relata o drama de 1892, em que uma tempestade levou ao naufrágio de dezenas e dezenas de barcos pesqueiros, colocando de luto toda a costa da Póvoa, Caxinas e Vila do Conde. Oportunidade para falar das famílias pobres que viviam da pesca e lidavam com a morte todos os dias. E dar uma resposta à pergunta: Para onde foram os corpos dos pescadores naufragados, que o mar nunca devolveu a terra para um funeral digno por parte dos familiares e amigos? Esta obra, será editada pela Fundação Luís Rainha com o apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, e terá uma tiragem inicial de quatro mil exemplares Ainda durante este mês de setembro, João Morgado deverá anunciar a edição nacional de duas novas obras dedicadas ao público juvenil. |
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