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Projeto de voluntariado Okamba alargado a Angola e Guiné-Bissau
Carla Sousa · quarta, 7 de setembro de 2016 · @@y8Xxv O projeto de voluntariado Querer e Fazer - Okamba que até ao momento apenas funcionava em São Tomé e Príncipe vai passar agora a abranger mais dois países africanos: Angola e a Guiné-Bissau. Este programa, coordenado pela Universidade da Beira Interior (UBI), em colaboração com o Centro de Investigação e Desenvolvimento da Beira (CIDB), permite aos estudantes de todas as áreas e de qualquer instituição de ensino superior portuguesa terem contacto com uma realidade diferente, aplicar conhecimentos e auxiliar as comunidades africanas. |
Angola e Guiné-Bissau juntaram-se ao projeto |
21987 visitas “No âmbito do projeto Querer e Fazer - Okamba nós estamos a cooperar com os Países de Língua Oficial Portuguesa, antes estávamos só a funcionar com um e agora começaremos a fazê-lo com os outros, relativamente a Moçambique ainda estamos em conversações. Com a integração de mais estes países significa que a UBI vai começar a cooperar com os PALOP e não só com um país em si”, conta ao Urbi et Orbi o coordenador do projeto. João Luís Baptista explica que na Guiné-Bissau “vamos trabalhar com uma missão católica, que é a maior da Guiné-Bissau, em que as pessoas estão seguras e vão trabalhar dentro da missão”. Por sua vez, em São Tomé e Príncipe “continuaremos a trabalhar com o Ministério da Saúde, com o Ministério do Desporto e com todos os outros ministérios em termos globais”, afirma. Já em Angola refere que se vai “enviar os alunos através do Instituto Superior Técnico Militar”. Para o também docente da UBI, a integração dos estudantes numa realidade completamente diferente daquela a que estão habituados é uma forma de valorização pessoal e profissional. “Nos Estados Unidos ou em outros países que são tidos como mais desenvolvidos, o voluntariado realizado durante a universidade é extremamente valorizado. Nós no fundo estamos a seguir essa linha com esta possibilidade de voluntariado para países de menos recursos, que possibilita que os alunos tenham outras experiências mais valorizadas para a sua vida e para o seu futuro profissional”, destaca. No ano anterior, como sublinha, “houve muita adesão ao projeto, nós tivemos sempre gente em permanência em São Tomé e Príncipe”. Numa fase inicial, este programa foi concebido especificamente para a participação de discentes da área da Saúde e gradualmente foi alargado a outros cursos. Ainda assim, João Luís Baptista admite que para este ano “a ideia é que tenhamos alunos de outros cursos a participar”. Neste sentido, aproveita para lançar um repto à comunidade ubiana. “Eu gostaria que isto fosse discutido na academia, gostaria também que alguns professores que tenham projetos que queiram desenvolver, aproveitando o projeto do Okamba se juntem ao projeto”, apela. Estes estágios possuem a duração mínima de um mês, sendo que as inscrições online decorrem já desde o dia 5 de setembro e estarão permanentemente abertas. Os participantes serão integrados em várias instituições locais da área da Saúde, da Educação e do Desenvolvimento, onde serão supervisionados por profissionais daqueles organismos. Em São Tomé e Príncipe, a UBI garante o alojamento, mediante um pagamento simbólico, o seguro e o transporte para o local de trabalho. No caso dos outros dois países abrangidos será também custeada, pela universidade, a alimentação. Os custos da viagem são da responsabilidade dos alunos. Se não forem estudantes da UBI a esta despesa acresce ainda o pagamento do seguro. O projeto Querer e Fazer-Okamba permite ainda que a UBI acolha estudantes dos países em que o mesmo está em funcionamento. |
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