A missão Euclid vai colocar em órbita um satélite espacial com a missão de mapear 40 por cento do universo e 2000 galáxias. Deste projeto faz parte o docente do departamento de Física da UBI, Paulo Moniz, que explica que a sua participação "surgiu na sequência do convite de Ismael Tereno, coordenador científico da equipa nacional do Euclid. Atualmente a UBI é parceira através do Centro de Matemática e Aplicações".

De acordo com o também vice-reitor para a Área da Investigação trata-se de um projeto que significa "um grande esforço de um grande consórcio de nações". Quanto à participação da UBI salienta que é algo "prestigiante", já que os investigadores do Centro de Matemática e Aplicações vão ter oportunidade de dar o seu contributo para aumentar o conhecimento relativo à formação do universo e à sua futura evolução.

"A partir do mapeamento da matéria ​e energia escura ​que compõem o universo, vamos tentar perceber como é que ele se formou​, ​tal como o conhecemos. Permitirá determinar se a matéria ​e ou a energia ​escura vai decair e​ ​​se ​o universo ​vai expandir-se ​de forma mais rápida (ou não) ​e se as galáxias vão continuar ​com as suas atuais modalidades de agregação de matéria que observamos", sublinha o também investigador.

O papel da UBI está relacionado com a construção de modelos matemáticos em torno de propostas de modificação da teoria da relatividade geral de Albert Einstein. Posteriormente, os resultados alcançados serão testados através dos dados obtidos no Euclid e noutras missões como a Planck 2015 e o HLC.   

Este projeto foi lançado pela Agência Espacial Europeia no ano de 2012 e com o recurso a um telescópio tem como objetivo realizar um inventário do universo. Uma colaboração que envolve mais de 1000 investigadores de dez países da Europa e dos Estados Unidos da América.