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Ministro anuncia na Covilhã redução de 15 por cento nas portagens
Rafael Mangana · quarta, 27 de julho de 2016 · O ministro das Infraestruturas e do Planeamento anunciou, dia 20 de julho na Covilhã, a redução de 15 por cento do valor das portagens, uma medida que abrange todos os veículos que circulem nas antigas Scuts do Interior e Algarve. No caso dos veículos pesados, a redução pode chegar aos 30 por cento no período noturno e aos fins-de- semana. |
Pedro Marques deslocou-se à Covilhã para apresentar o Plano de Mobilidade do Interior |
21971 visitas Esta é uma medida que vinha sendo reivindicada por autarcas, empresários e utentes, que pediam, no entanto uma redução maior. "Eu compreendo, mas nós temos que apontar para decisões sustentáveis, prudentes, estudadas, que foi o caso", defendeu Pedro Marques. "Fizemos a alteração que achamos que é a adequada, que vai promover a mobilidade no Interior de forma significativa, as reduções nalguns casos são superiores a dois euros, e vamos analisar o impacto de futuro desta decisão", garantiu o ministro. Por agora, e segundo aquele responsável, este corte representa uma perda de 13,6 milhões de euros por ano para o Estado. "É dinheiro, é significativo, mas é comportável no nosso orçamento, e é um esforço que se faz para apoiar o desenvolvimento do Interior", sublinhou Pedro Marques. De resto, a convergência económica e a coesão territorial estarão na base dos descontos nas portagens nas autoestradas A22, A23, A24, A25 e A4, um total de 540 quilómetros de traçado. O presidente da Câmara da Covilhã considerou a medida relevante para "aliviar os custos de contexto das empresas e as bolsas dos nossos concidadãos". Ainda assim, Vítor Pereira não deixou de frisar: "Desejávamos mais, mas compreendemos que este esforço de redução é já significativo, tanto mais que não podemos esquecer o momento difícil que o país atravessa. Este foi o primeiro esforço, estou certo que outros esforços se lhe seguirão no futuro", reforçou o autarca. O presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM) considera a redução "escassa" e pouco efetiva na alteração da mobilidade da região. "O posicionamento da CIM foi que só um aumento acima dos 40 por cento, que corresponde à nossa proporção de riqueza per capita criada na região, é que altera um comportamento e as expectativas económicas relativamente à localização a essa infraestrutura, 15 por cento, até prova em contrário, não vai alterar e como tal, consideramos esta redução escassa", referiu Paulo Fernandes. No entanto, o presidente da CIM considera a medida "melhor que nada", considerando ainda importante estender-se a todos os veículos a redução que se irá verificar aos fins-de-semana para veículos de mercadorias, por forma a atrair mais turistas à região. Já o coordenador da comissão de utentes da A23 fez questão de lembrar ao ministro os pedidos de audiência que ficaram por responder, quer da comissão de utentes quer da plataforma que integra ainda os empresários e o sindicato. Marco Gabriel considerou os 15 por cento "claramente insuficientes para aquilo que foi anunciado, ou seja, a coesão territorial, a defesa do interior, para nós não chega e não vai fazer o desenvolvimento económico e social que esta região precisa". O porta voz do movimento empresarial "Pela subsistência do Interior" vai mais longe, classificando de "brincadeira" a redução em causa. "Estamos na época de saldos e este Governo não conseguiu ir para além disso. Fez um saldo de 15 por cento que, como sabemos, com esse valor praticamente não existem. O que existem são os saldos de 50, 60 ou 70 por cento. Ao limitar-se a fazer isso, o Governo trata o Interior da mesma forma que os governos anteriores, com desprezo", sublinhou Marco Gabriel.
Requalificação da linha da Beira Baixa é para avançar
Aproveitando a deslocação à Covilhã, Pedro Marques presidiu na Estação de Caminhos de Ferro da Covilhã à cerimónia de apresentação do Plano de Mobilidade do Interior. A intervenção do Corredor Ferroviário Internacional do Norte prevê a modernização da Linha da Beira Alta e a conclusão da eletrificação da Linha da Beira Baixa entre a Covilhã e a Guarda, troço que está desativado desde 2009. A requalificação da linha, com início dos trabalhos para dezembro deste ano, ficará concluída em 2018.
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