Em declarações ao Urbi et Orbi, a coordenadora da CooLabora salienta que com esta equiparação vão existir “algumas oportunidades porque há medidas de apoio financeiro e de outro tipo que são apenas acessíveis às IPSS e que a partir de agora também estarão disponíveis para nós e portanto são oportunidades a que também vamos poder aceder”.

Assim sendo, com a aprovação da candidatura que foi apresentada pela própria organização covilhanense em julho do ano passado, estão reunidas as condições para chegar junto de outros grupos populacionais. “Sabemos que agora concorremos com outros trunfos e por isso temos mais hipóteses de alargar também as nossas intervenções, de se calhar aceder a outros públicos, mas por enquanto temos apenas a porta aberta não sabemos para onde é que ela nos vai levar”, admite Rosa Carreira.

Para além deste apoio financeiro, destaca ainda que esta medida vem contribuir para fortalecer a posição desta instituição a nível regional e nacional. “Para nós também é importante não apenas a parte financeira, mas também reforçar a nossa posição na região e no país por este reconhecimento, o que é bom para nós”, frisa.   

Segundo aquela responsável, “a Segurança Social reconhece que o trabalho que nós fazemos é de uma instituição que contribui para a melhoria da qualidade de vida das pessoas da nossa região e esse reconhecimento é gratificante”. Um reconhecimento que, tal como garante, vem trazer uma motivação extra às oito pessoas que diariamente apoiam vários cidadãos em situação de exclusão social. “Nós somos uma equipa que trabalha imenso e é sempre bom fazer estas conquistas porque nos dá outra força e uma motivação também para continuarmos a fazer o nosso trabalho”, assume.

De resto, Rosa Carreira considera que os motivos que estiveram na origem deste feito foi todo o rol de atividades que têm vindo a ser dinamizadas pela CooLabora. “O que nos permitiu isto foi todo o trabalho no conjunto e também pela diversidade, nós trabalhamos com pessoas que estão à procura de emprego, imigrantes, vítimas de violência doméstica, crianças em situação de exclusão e com a comunidade cigana do Tortosendo e tudo foi importante para esta tomada de decisão, até porque todas essas pontes foram na candidatura”, refere. “Foi sem dúvida a qualidade do trabalho, a quantidade e a proporção quanto à razoabilidade dos recursos humanos que são usados para tanta profusão de atividades”, acrescenta.

Depois da Secretária de Estado para a Cidadania e para a Igualdade ter reconhecido o trabalho deste organismo, criado em 2008, no apoio às vítimas de violência doméstica, a Coolabora obtém agora a equiparação a IPSS, algo que lhe vai proporcionar a abertura de “novos horizontes e portas”.