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Revista à portuguesa na Covilhã
Isabella Moura · quarta, 13 de julho de 2016 · Na estrada há 9 meses, o “Juntos em revista” reúne mãe, pai e filha numa peça que tenta evidenciar a tradição do teatro português. O espetáculo teve lugar no Teatro Municipal da Covilhã, no passado 8 de julho. |
Espetáculo teatral contou com música e humor |
21970 visitas Juntar ao humor, o futebol, a política e os problemas sociais. O “Juntos em Revista” é um espetáculo de teatro de revista que no dia 8 de julho esteve em apresentação na cidade da Covilhã. A peça é produzida e protagonizada por Marina Mota e Carlos Cunha A peça, dividida em dois atos,procurou através da diversão e do entretenimento fazer uma chamada de atenção relativamente aos problemas enfrentados não só em Portugal, mas também no mundo. O primeiro ato apelou ao cuidado ao planeta e apresentou os efeitos provocados pela ganância. O preconceito contra os portadores de deficiência e a necessidade de adaptações que facilitem a vida dos mesmos foram os pontos destacados no segundo ato. Entre uma cena e outra, risadas e a interação dos atores com o público. O espetáculo recorreu à rotina da família tradicional portuguesa e à representação de figuras conhecidas para concentrar a atenção dos espectadores. Jorge Jesus e a sua peculiar forma de dar entrevistas, a taróloga que revela o óbvio e a atuação musical foram algumas das atrações da noite. O genérico que introduz o espetáculo refere que o “Juntos em Revista” pretende “dizer em português tudo aquilo que está mal” e trazer um “grito de esperança” aos que assistem. “Tentamos fazer alguma crítica social, boa música, mas essencialmente que as pessoas se divirtam. Aborrecimentos já têm muitos”, referiu Carlos Cunha. O teatro de revista teve, no século passado, os seus anos de glória. Marina Mota acredita que a revista à portuguesa “continua a ter impacto”, mas admite que este género já não possui a mesma divulgação e o mesmo apoio que antigamente. Para a atriz, a revista à portuguesa é o “nosso teatro mais genuíno”. “Eu acredito que vai acontecer à revista o que aconteceu ao fado. Eu acho que as pessoas demoram um bocadinho a perceber o que é bom,mas vão chegar lá”, ressaltou a atriz que também é cantora. Marina Mota referiu que a companhia “desde sempre tentou vir à Covilhã” e teceu elogios ao público covilhanense: “o público é maravilhoso, muito efusivo”. Há mais de 20 anos a produzir espetáculos teatrais, a atriz mostrou-se descontente com a atual situação do Teatro Municipal. “É um teatro velhinho que merece ser tratado com carinho e com respeito. Eu que sou da área gostaria de um dia ver este teatro remodelado porque acho que é merecedor e a cidade também”, destacou. |
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