Em dezembro venceu 8 dos 11 prémios a concurso no XI UBICinema, em março estreou oficialmente no FantasPorto. Esteve nomeada para o prémio de melhor filme de ficção nos "Prémios Sophia Estudante", foi selecionada para o "Lisbon International Film Festival" e aceite para integrar o "Short Film Corner", um festival dedicado a curtas-metragens inserido no Festival de Cannes 2016. Em junho ganhou ainda o prémio de melhor curta de junho no Shortcutz de Lisboa e vê-se agora distinguida com mais este prémio, num evento que decorreu no mesmo mês.

A curta-metragem realizada por Rafael Almeida parece ter convencido o meio em Portugal. "O próximo passo é o filme começar a ter maior visibilidade ao nível dos festivais internacionais", revela o jovem realizador. "Quase todas as semanas recebemos e-mails para enviarmos o filme para festivais que, de outra forma, nem saberíamos que existem. Nesse aspeto, Cannes foi, sem dúvida, uma forma de chegarmos a novos festivais", considera. De resto, "a equipa está muito contente pelo trabalho estar a ser apreciado, mesmo o público tem-nos dado um feedback muito positivo, o que é muito bom", refere Rafael Almeida.

Quanto ao prémio agora alcançado, o autor lembra que se trata de um festival onde "competem filmes de algumas das melhores escolas de cinema do mundo. Estávamos em competição com cerca de 80 outros filmes e ganhámos na nossa categoria. É muito bom, porque é uma competição internacional", frisa.

"Que é feito dos dias na cave", que convenceu o júri composto por Bernardo Viterbo e Vasco Mendes, foi produzido em 2014, tem 15 minutos, e retrata a tentativa de fuga de um jovem paciente pelos corredores labirínticos de um hospital psiquiátrico remoto. Tem argumento de Tiago Primitivo e interpretação de João Sério, Salvador Nery e Ana Varela.

No evento que decorreu em Espinho, entre os dias 20 e 27 de junho, estiveram presentes mais três filmes da UBI: "Trama", de Luísa Soares; "Porque um dia acaba", de Luís Sérgio; e "Ao redor", de Hélder Faria. O FEST procura criar um espaço onde cineastas emergentes possam mostrar e promover o seu trabalho, assim como desenvolver os seus conhecimentos e partilhar oportunidades, criando ao mesmo tempo novos públicos para o cinema independente. Em 2016, o Festival, que é organizado todos os anos, assinalou a sua 12.ª edição.

Nova curta em perspetiva

 Em finais de agosto / inícios de setembro, a mesma equipa de "Que é feito dos dias na cave" irá gravar outra curta-metragem. "Estávamos no terror / thriller e agora vamos fazer uma comédia, mudando totalmente o género", revela Rafael Almeida. "Descobrindo a variável perfeita" é a história de uma rapariga que termina um relacionamento com um rapaz. "Este rapaz vai tentar encontrar o guionista do filme, de forma a alterar a história e a ficar com a rapariga", explica o realizador.

"Temos uma campanha de crowdfunding aberta, través da qual estamos a tentar angariar 1.000 euros para a realização do filme. Está aberta no site do PPL até ao final deste mês de julho", refere Rafael Almeida.