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Ginetics chega em força à Covilhã
Sara Guterres · quarta, 29 de junho de 2016 · Com mais de quatro séculos de história, o gin é uma bebida que se tem vindo a afirmar cada vez mais. Hoje temos aquilo que é considerado por muitos como a moda do gin. Com o intuito de dar a conhecer este produto aos covilhanenses, o Ginetics chegou à cidade da Covilhã e trouxe consigo uma gama variada de gins nacionais. |
Expositores dão a conhecer o seu gin |
21975 visitas Como forma de comemorar o Dia Nacional do Gin Tónico, o Teatro Municipal da Covilhã foi o palco escolhido para acolher o Ginetics. O evento realizou-se no passado dia 25 e contou com a presença de cinco gins de diferentes zonas de Portugal. O principal objetivo deste evento, que se concretizou pela primeira vez na cidade da Covilhã, foi possibilitar às pessoas ter um contacto com os gins expostos e, com isso, adquirir mais conhecimento acerca desta bebida. Na função de membro da organização, Elisa Bogalheiro salientou que “apesar de em Portugal se notar uma gradual aposta por aquilo que é um maior conhecimento pelos produtos portugueses, o segmento do gin ainda é desconhecido por muitos”. “Embora algumas pessoas se sintam desconfiadas em relação a esta bebida, digamos assim, nós achámos que a qualidade é muito elevada e foi a partir daí que considerámos ser interessante organizar um evento deste tipo, para que as pessoas pudessem conhecer os gins do nosso país e ter uma maior noção da qualidade deste produto”, confessou Elisa. Azor, Cobalto - 17, Friends, Sharish e Snow Dog foram os gins que se encontraram expostos ao público e disponíveis para consumo. De entre eles, o mais recente, com apenas três meses de existência, é o Azor. Um gin que evoca o espírito açoriano: desde a garrafa ao nome escolhido. Na função de responsável pelo marketing e vendas do Azor, Dário Simãozinho explicou quais os ingredientes fundamentais deste gin e como se dá todo o método de produção. “Hoje viemos aqui não só para dar a conhecer o nosso gin à população e aos profissionais da beira interior, mas também porque, como marca que se orgulha de ser portuguesa, para nós faz todo o sentido colaborarmos nestas ações”, frisou Dário. De outro lado, com dois anos e três meses de existência, temos o Sharish: o gin mais antigo presente no Ginetics. Um gin, produzido no Alentejo, que parte de uma receita recheada de ingredientes portugueses. Segundo Nuno Faria, embaixador do Sharish na zona norte do país, “a ideia de produzir este gin partiu de uma simples brincadeira entre amigos”. Acrescentou ainda quantos botânicos são utilizados para produzir o gin e quais os passos que é necessário seguir até ter o produto final. “O Sharish, felizmente, foi um gin muito bem aceite pelo público português. Contudo, há zonas do país em que não há muito conhecimento sobre aquilo que é o gin. É por isso que estamos aqui hoje, não só para promover a nossa marca, mas também para educar e ensinar como, por exemplo, beber um gin tónico”, esclareceu Nuno Faria. Para além da possibilidade de provar os gins expostos, o público teve ainda a oportunidade de assistir a várias masterclasses. “Cada produtor faz uma masterclass onde explica um pouco como se prepara um gin, bem como as suas caraterísticas próprias. Devido ao facto de cada gin ser diferente, agendámos várias masterclasses que vão ser orientadas por cada um dos responsáveis pelos gins aqui presentes”, referiu Elisa Bogalheiro. No evento esteve também presente o Chef José Rosário, representante do Restaurante Carnes e Sabores, que procurou estabelecer um elo de ligação entre a comida e o gin: “A ideia foi criar alguns aperitivos que possam acompanhar um gin e que não sejam demasiado encorpados ou fortes”. O Chef acrescentou ainda que “o único álcool que se utilizou na preparação dos aperitivos foi o gin, acabando por inovar a própria cozinha tradicional.” Regina Resende, proveniente de Lisboa, confessa que uma das razões que a trouxe ao Ginetics “foi o facto de querer perceber até que ponto a vertente da comida se mistura com a da bebida”. “Eu não conheço muito bem aquilo que existe na Covilhã. Contudo, em geral, no interior acaba por não haver tantos eventos deste tipo. Penso que, exatamente por ser uma cidade em que se calhar não há tanta novidade, é importante que estas iniciativas se realizem, uma vez que acabam por trazer mais pessoas à própria região”, referiu. Após a realização do Ginetics, faz parte das perspetivas futuras da organização repetir o evento e alargá-lo a outras zonas do interior. “É um evento que gostaríamos de tornar sazonal. Não realizá-lo apenas uma vez, mas sim duas por ano e talvez fazer com que ande pela região, mas isto ainda são apenas conjeturas”, mencionou Elisa Bogalheiro. |
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