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Covilhanenses voltam a sair à rua para ver Marchas Populares
Sara Guterres · quarta, 29 de junho de 2016 · Região Depois do recomeço de uma tradição que se encontrava adormecida há já uma década, a Covilhã foi presenteada não com uma, mas sim com duas noites de Marchas Populares. Para além do espetáculo, realizado no passado dia 11 deste mês, os responsáveis pela organização do evento resolveram proporcionar aos covilhanenses um segundo dia de marchas. |
Marcha do Grupo Recreativo Vitória de Santo António |
21976 visitas Como forma de valorizar o esforço feito pelas associações e para chegar tanto à zona mais antiga como à zona mais recente da cidade, as Marchas Populares voltaram a trazer animação à Covilhã. Desta vez, o evento, que se realizou no passado dia 25, teve lugar no Complexo Desportivo da cidade serrana e reuniu cerca de duas mil pessoas. A complexidade das coreografias é apontada por Elias Riscado, presidente do Grupo Desportivo da Mata e responsável por organizar o evento, como uma das principais mudanças em relação ao primeiro dia de marchas. “É completamente diferente, tendo em conta que no pelourinho era uma coreografia só de passagem. Aqui já foram apresentadas coreografias muito mais completas, trabalhadas nos últimos 14 dias”, mencionou Elias. No papel de coordenador da marcha popular do Centro Cultural e Desportivo (CCD) Oriental de São Martinho, Francisco Mota confessou que “a coreografia apresentada foi ensaiada arduamente durante muito tempo”. “Nós costumamos ensaiar duas a três vezes por semana. É um trabalho rigoroso e que nós levamos muito a sério. Neste dia 25 apresentamos uma coreografia mais extensa, com cerca de 15 minutos, tendo em conta que o espaço nos permite fazer esquemas coreográficos muito mais elaborados”, referiu Francisco. Uma das marchantes do CCD Oriental de São Martinho, Anabela Pedro, fez questão de referir que, por vezes, “o que é mais difícil é conciliar os ensaios com o trabalho diário de cada pessoa”. “É um sacrifício que se faz, mas no fim compensa. Na minha opinião é uma tradição que não deve ser esquecida, há que dar continuidade às marchas populares”, frisou Anabela. A vontade das pessoas é que as marchas não voltem a ser extintas. Maria da Graça, uma das espectadoras que se deslocou ao complexo para assistir às marchas, referiu “que este tipo de evento traz mais vida à própria cidade”. “Espero que não acabem novamente com as marchas porque isto é muito bom para a Covilhã e faz movimentar não só a cidade, mas também as associações que participam e as pessoas”, comentou Maria. Após o sucesso deste reavivar das Marchas Populares, faz parte das perspetivas futuras da organização alargar esta iniciativa e fazer com que as marchas ultrapassem o âmbito da cidade da Covilhã. Segundo informação revelada por Elias Riscado, “a organização está a trabalhar em conjunto com a autarquia covilhanense, no sentido de elaborar um cartaz turístico que permita às marchas chegar a outros pontos do concelho e quem sabe do país.” |
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