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"Zéthoven - Plante um músico" reúne 45 crianças no encerramento do ano letivo
Carla Sousa · quarta, 22 de junho de 2016 · Na Audição de Encerramento do projeto “Zéthoven - Plante um músico”, promovida pela Associação Cultural da Beira Interior (ACBI) 45 crianças do grupo de percussão puderam mostrar em palco aquilo que aprenderam durante o ano letivo. O evento decorreu no passado dia 19 de junho, na Faculdade de Engenharia da Universidade da Beira Interior (UBI). |
Grupo de percussão atuou naFaculdade de Engenharia da UBI |
21989 visitas Em declarações ao Jornal Urbi et Orbi, o presidente da ACBI considera que o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, aprovado no presente ano, veio dar um novo impulso ao projeto “Zéthoven - Plante um músico”, que para o próximo ano letivo vai receber mais 32 alunos, provenientes da Escola de São Domingos e da Escola do Teixoso, perfazendo assim um total de 120 crianças a participarem neste programa de aprendizagem musical gratuita. “No caso deste ano com o apoio da Fundação Gulbenkian é lógico que as coisas mudaram completamente, não só do ponto de vista económico, mas o próprio nome Gulbenkian acaba por anexar um conceito de alavancagem completamente diferente porque quando eu chego a uma câmara, a uma empresa e apresento um projeto que por si só já é apoiado pela Gulbenkian torna-se logo de imediato um projeto muito mais credível”, conta. Com a participação dos estudantes destes dois estabelecimentos escolares, Luís Cipriano adianta que o objetivo previsto para três anos fica agora concretizado devido à adesão de determinadas instituições. “O nosso objetivo era no final do projeto, ou seja daqui a três anos chegar às 120 crianças, mas efetivamente com a adesão de algumas autarquias já em setembro deste ano iremos ter as 120 crianças sem problema nenhum, algumas já foram encaminhadas para a Escola Profissional de maneira a serem músicos profissionais no futuro”, assegura. Sobre a atuação destas 45 crianças, pertencentes a seis Grupos de Percussão, provenientes de escolas do Fundão, Tortosendo e Sabugal, Cipriano admite que “o objetivo foi cumprido, mas quando se cumpre o objetivo a primeira coisa que eu percebo é que tenho que criar outro porque não vou de modo algum viver agora à conta dos objetivos conseguidos, temos que idealizar outros”. Para além da vertente de inclusão social, da formação musical e do encaminhamento profissional, o projeto tem contribuído também para aumentar o sucesso escolar.“Temos aqui situações de crianças que tinham oito níveis negativos e passaram só para dois e mesmo assim já lhes expliquei que esses dois também são para desaparecer porque nós também temos o objetivo do encaminhamento profissional, alguém que reprove não pode ser encaminhado para sítio nenhum, portanto há esse compromisso”, especifica o maestro. Este aspeto é igualmente destacado pela assessora da diretora do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha e Xisto, que tem vários alunos a participarem neste projeto. “Esta iniciativa é muito importante porque os alunos desenvolvem capacidades que a música permite. Também ajuda imenso os estudantes que são mais fracos, o professor Luís Cipriano consegue motivá-los para que estudem porque para pertencerem a este projeto também têm que estudar”, refere. De resto, Fernanda Baptista acrescenta ainda que os pequenos músicos “gostam imenso de fazer parte desta atividade, dá-lhes outra visão, abre os horizontes e têm experiências que não teriam se não fizessem parte deste projeto, o que é ótimo”. |
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