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Comemorar Portugal ao som da música
Sara Guterres · quarta, 15 de junho de 2016 · Com 71 anos de trabalho ininterrupto, a Banda da Covilhã, em parceria com a Canto Firme de Tomar, preparou um concerto repleto de estreias e música, inserido nas comemorações do Dia de Portugal. |
Maestro e músicos no palco do auditório do Teatro Municipal da Covilhã |
21986 visitas Música, teatro e poesia marcaram o espetáculo que teve como palco o Teatro Municipal da cidade serrana. “Alma Lusa” foi o nome escolhido, pela organização, para designar o concerto que decorreu no passado dia 12 de junho. Foram vários os entusiastas de música portuguesa que se deslocaram ao teatro onde teve lugar este concerto. Segundo o presidente da direção e diretor artístico da Banda da Covilhã, Eduardo Cavaco, estiveram presentes no auditório cerca de 600 pessoas. A homenagem aos compositores e à música portuguesa foi apontada como uma das principais mensagens que se pretendia transmitir com a realização do concerto. Ao longo do espetáculo os espectadores foram presenteados com temas como o Fado dos Bancos do Pelourinho, Senhora do Almortão e Chapéu Preto. Mas nem só de música se fez o espetáculo. Com o intuito de tornar o concerto mais dinâmico, a organização resolveu convidar dois atores profissionais do Teatro das Beiras, Sónia Botelho e Marco Ferreira, bem como uma cantora lírica, Margarida Geraldes. Chocalhofonia: uma obra musical produzida por Tiago Rasinhas que estreou, pela primeira vez, no concerto “Alma Lusa”. O compositor referiu qual foi a ideia base da criação da obra e o quão difícil foi compor este tema. Tiago acrescentou ainda que “a chocalhofonia acaba por surgir como uma homenagem ao chocalho que, recentemente, foi considerado Património Imaterial da Humanidade”. A obra composta por Rasinhas foi reproduzida através do chocalhofone, um instrumento único e desconhecido por muitos. João Semedo, um jovem percussionista da Banda da Covilhã, teve a oportunidade de tocar, pela primeira vez, este aparelho musical e diz “ter sido uma experiência produtiva”. “Apesar de ter sido um desafio difícil, porque as dimensões dos chocalhos variam muito e eu tive apenas três dias para me preparar, acho que correu muito bem”, referiu João. Dos instrumentos de cordas aos de sopro, passando pelos de percussão, estiveram em palco cerca de 80 músicos, 30 da Banda da Covilhã e os restantes da Orquestra de Sopros da Canto Firme de Tomar. Os jovens instrumentistas, que deram vida ao espetáculo, apresentavam uma média de idades a rondar os 16 anos. O maestro Simão Francisco mencionou quanto tempo despenderam a ensaiar e organizar este concerto. Um dos momentos mais marcantes de todo o espetáculo foi quando se tocou A Portuguesa (Hino Nacional de Portugal). Maria Mercedes, que assistiu ao concerto, confessa que este foi o momento que mais a marcou: “Gosto muito do Hino do nosso país, foi uma grande emoção ver toda a gente de pé quando se tocou algo que é tão nosso”. Eduardo Cavaco, no papel de presidente da Banda Covilhanense, fez um apanhado geral de todo o espetáculo, destacando algumas ocasiões que sucederam ao longo da tarde. Após o sucesso deste espetáculo, segundo informação revelada pelo maestro Simão Francisco, faz parte das perspetivas futuras da organização “repetir o mesmo concerto na cidade de Tomar”. “Estamos a unir forças para que este espetáculo se realize não só em Tomar, mas também em outros locais que estejam dispostos a receber este maravilhoso concerto”, acrescentou o maestro. |
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