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Das fronhas, os sorrisos
Isabella Moura · quarta, 15 de junho de 2016 · Fronhas disponibilizadas por fábrica têxtil foram, com a colaboração de voluntários, transformadas em vestidos que agora serão doados a instituições de apoio a crianças carenciadas. Iniciativa "Costurando Sorrisos" teve lugar no passado dia 10 de junho. |
Voluntários aproveitam fronhas para criarem vestidos |
21985 visitas Dia de Portugal e também da solidariedade. Dez de junho foi a data escolhida para a realização de mais uma iniciativa do projeto “Costurando Sorrisos”. Linhas, agulhas e vontade de ajudar , o miradouro das Portas do Sol recebeu costureiras e costureiros dispostos a empregar o seu tempo na produção de vestidos infantis. Os modelos dos vestidos são pré-definidos. O primeiro passo é o corte das fronha, após o corte a criatividade dos colaboradores é a responsável pela montagem das peças de roupa. Durante todo o dia, foi esta a tarefa do novo projeto com fim social da Covilhã. Para Marina Rocha, artesã e uma das organizadoras, o projeto é importante para mostrar que ajudar “é fácil” e que “há mais coisas para além dos mundos em que estamos metidos”. A iniciativa começou a ganhar forma com um grupo de costura que promovia reuniões frequentes com adeptos da arte de costurar. “A ideia disto tudo é juntar pessoas que têm alguma coisa em comum, muita gente gosta de costurar e poder juntá-las em projetos de solidariedade sempre foi o nosso objetivo “, referiu Marina Rocha, formada em engenharia têxtil pela UBI. A ação solidária teve como inspiração outra causa, o “D’avó with Love”, um projeto desenvolvido em Braga que reúne idosos de diferentes lares para adaptarem fronhas em vestidos para crianças. Com apoio de empresas do sector têxtil no fornecimento de materias, o movimento solidário distribui as roupas criadas por instituições nacionais e internacionais. Para a realização do evento, o projeto da Covilhã contou com o apoio do “D'avó with Love”, como explica a artesã covilhanense. Ao todo, foram produzidos 18 vestidos, todos com características próprias o que para Marina Rocha é uma prova de dedicação. “A criança sabe que está a receber um vestido que foi feito só para ela, com aquela fita naquele sítio, com aquela flor naquele sítio”, referiu. O encontro foi aberto a toda comunidade, independentemente de terem ou não domínio das técnicas de costura. Ana Tomé, uma das voluntárias, considerou a iniciativa uma “ótima ideia” porque revela “um espírito de solidariedade e de partilha”. Apesar de não saber costurar, Ana colaborou com a idealização de vestidos e referiu sentir-se “feliz por ter contribuído”. A produção dos vestidos infantis foi a terceira iniciativa promovida pelo projeto, que conta com a organização do espaço “A tentadora”, do “Universo da Costura” e da “Laranja, Lima, Limão”. Durante o mês de maio outras duas atividades foram desenvolvidas, a primeira destinada à produção de camas para cães e a segunda, à confecção de presentes que foram doados à Casa do Menino Jesus no Dia da Criança. |
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