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"A publicação de um livro foi um sonho para mim"
Carla Sousa · quarta, 15 de junho de 2016 · @@y8Xxv Com apenas 19 anos, o estudante da Licenciatura em Cinema da Universidade da Beira Interior (UBI), César Alves, estreia-se na literatura com a publicação da obra intitulada "Nevoeiro", na qual está descrita a sua própria "filosofia de vida". Com este livro, o jovem autor pretende ainda transmitir a mensagem de que é importante não desistir da concretização dos sonhos. |
César Alves com a obra "Nevoeiro" |
21976 visitas Segundo César Alves, “o livro é no fundo a minha filosofia de vida definida numa história, ou seja em vez de escrever um livro em que eu dissesse que a minha vida funciona da seguinte forma, decidi inserir todos os meus pensamentos e essa filosofia dentro de uma história, com personagens, com uma linha narrativa para que fosse mais fácil às pessoas perceberem aquilo que eu tenho para dizer”. Assim, a publicação de “Nevoeiro” já o tem levado a percorrer vários estabelecimentos escolares, na tentativa de transmitir a mensagem que se encontra presente na sua obra às gerações mais novas. “A mensagem que eu no fundo costumo levar às apresentações que faço nas escolas, quando lá vou apresento o livro e a história e depois faço a ponte com essa tal mensagem, que está relacionada com o facto de nós querermos fazer sempre mais, estarmos inquietos e querermos seguir os nossos sonhos porque a própria publicação de um livro foi um sonho para mim”, conta. O jovem escritor confessa que a inspiração para a elaboração de “Nevoeiro” surgiu das várias experiências que vivencia no quotidiano. “O livro é inspirado em histórias do dia-a-dia, pelo que eu conheço, vivi, ou então que ouvi falar, depois fiz alterações e dei-lhes aquilo que eu costumo chamar o potencial literário”, explica. “Para mim é impossível um artista não se colocar a si e à sua vida na sua obra, portanto a inspiração vem de qualquer coisa que eu ache relevante de colocar na história”, finaliza. Após o ensino secundário decidiu realizar um ano de paragem para decidir qual o rumo a seguir e foi precisamente nessa época que apareceu a ideia de dar vida a uma obra, porém o gosto pela escrita revelou-se bastante cedo. “Escrever sempre foi algo que eu gostei de fazer, não só na escola primária como nos anos seguintes, e ainda começou mais a sério no meu sétimo ano de escolaridade”, refere. O discente da UBI destaca que já desde essa altura os seus textos “tinham sempre uma moral muito forte, neles eu dizia que havia algo de errado com o mundo e que era preciso nós fazermos alguma coisa, portanto são textos que apesar de eu agora se calhar pensar que escreveria de forma diferente, o conteúdo e as ideias são as mesmas de há sete anos atrás e de agora”. Neste sentido, salienta que resolveu optar pelo curso de Cinema por considerar que “era um bom complemento à minha parte da escrita e a verdade é que numa unidade curricular do primeiro semestre realizei uma curta-metragem inspirada no livro que é uma espécie de trailer, de iniciação à história sobre o livro”. “Acho que é um curso em que nós temos que escrever histórias, mas há muita imaginação espacial, temos que imaginar as coisas de outra forma, por isso é um excelente complemento para a escrita”, acrescenta. A viver dividido entre duas paixões, a escrita e o cinema, César Alves admite querer “continuar a escrever” e ao mesmo tempo pretende “fazer parte de uma geração que possa levar o cinema português para outro patamar”. Apesar de assumir que tem “outros projetos para futuros livros”, o estudante do primeiro ano da Licenciatura de Cinema encontra-se já a trabalhar na sequela da obra que publicou em 2015. |
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