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Santos fazem Covilhã dançar
Isabella Moura · quarta, 8 de junho de 2016 · Com o objetivo de manter viva a tradição, o projeto cultural "Até os santos dançam" - que vai já na sua nona edição - arrancou na passada sexta feira com um espetáculo protagonizado por três das tunas académicas da UBI. |
Convívio musical foi uma das atrações da noite |
21988 visitas Fogueiras, jogos tradicionais, bailes à moda antiga e sardinhas. Junho é o mês dos santos e das festas populares. Na Covilhã, “Até os Santos Dançam” levou ao Jardim Público música e animação. A abertura da festa, no dia 2 de junho, contou com a presença de tunas académicas e de artistas locais. A festividade irá decorrer todas as sextas e sábados do mês. Segundo conta Eduardo Cavaco, um dos mentores do projeto, a tradição dos santos populares “estava adormecida na Covilhã”, considera o presidente da Banda da Covilhã. “Em tempos a Covilhã foi muito rica, todas as ruas tinham uma fogueira, um chiado e tinham este tipo de ambiente”, lembra Eduardo Cavaco, justificando a organização da festa. A presença das tunas é comum nas festas locais, como no Festival da Cherovia. Com o objetivo de criar um elo de ligação entre a academia e a festa, as associações musicais são as responsáveis pelo primeiro dia das festividades. A atuação faz parte de um projeto que surgiu há dois anos, com os festejos dos santos. “Até as Tunas dançam” agitou a noite com a Encantatuna, Tuna-MU’s e Orquesta Académica Já b’ UBI & Tokuskopus. As tunas tiveram papéis diferentes no desenvolvimento da festa. “Nós, enquanto Associação Cultural Desertuna preocupamo-nos em não trabalhar só para a Universidade, mas também para a cidade”, salientou Luís Espínola, membro da Desertuna e da comissão organizadora. Márcia Almeida, representante da Encantatuna, estava satisfeita com a participação no evento. “É bom porque convivemos e também dá para a população nos ver”, refere. Nos anos anteriores, a festa contava com karaoke e a presença de DJ’s, algo que não acontece nesta edição. Sem querer fugir às raízes e com um orçamento maior, a principal novidade deste ano é a presença de bailes à moda antiga nos dias de festa. O duo Daniel e Silvana foram os artistas convidados a atuar na primeira noite do “Até os santos dançam”. Eduardo Cavaco salienta que o objetivo inicial era “recuperar a tradição”, mas ao mesmo tempo “promover as associações” que dinamizam a iniciativa. Com as receitas obtidas, as entidades investem em outros projetos. Com um fim social, a Banda da Covilhã ajuda os alunos mais necessitados da Academia de Música a adquirirem instrumentos. No caso da Desertuna, as receitas contribuem para o investimento na aquisição de instrumentos próprios. Dinamizada na zona histórica, a iniciativa conta com a adesão da população local. A acompanhar a música, um espaço dedicado à gastronomia está disponível ao público. Bárbara Buleu, moradora da Covilhã, acredita que a festividade em nome dos santos populares “traz gente ao centro da cidade e diverte as pessoas”. O Euro 2016, que este ano se irá realizar em França, também marca presença na festa popular, com balões e bandeiras. Eduardo Cavaco refere que a organização se preocupa com os “pequenos detalhes” de modo a que as pessoas “queiram ficar”. Como já vem sendo hábito em anos de competições internacionais de futebol, a comissão organizadora tem programado a projeção dos jogos da seleção portuguesa. |
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