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A melhor tese do mundo
Rafael Mangana · quarta, 8 de junho de 2016 · @@y8Xxv A tese de Doutoramento de Ana Sofia Silva, licenciada e mestre em Ciências Biomédicas pela Universidade da Beira Interior (UBI), foi distinguida como a melhor tese do mundo pela "International Society for the Advancement of Supercritical Fluids". |
A tese de Ana Sofia Silva (ao centro) promove uma nova abordagem terapêutica para o cancro do pulmão |
22119 visitas Com o título "Multifunctional nano-in-micro formulations for lung cancer theragnosis", a tese de Doutoramento de Ana Sofia Silva constitui-se como mais um passo para a evolução científica, propondo uma nova abordagem terapêutica para o cancro do pulmão. "Este prémio fez sentir que todo o esforço e dedicação que coloquei no meu Doutoramento valeram a pena. É um 'big happy ending'", garante Ana Sofia Silva. "É algo de fabuloso, porque um Doutoramento é o resultado de um esforço muito intenso", sublinha a investigadora. O Doutoramento de Ana Sofia Silva foi desenvolvido ao longo de três anos na instituição LAQV-REQUIMTE no grupo Polymer Synthesis and Processing, sob orientação de Ana Aguiar-Ricardo, docente na Universidade Nova de Lisboa, Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), em colaboração com o grupo Biomaterials and Tissue Engineering do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) da UBI, sob a co-orientação do docente Ilídio Correia. A investigação consistiu no desenvolvimento de sistemas à nano e micro escala para o diagnóstico e terapia do cancro do pulmão, o tipo de cancro mais comum e mortal em todo o mundo. A investigadora passou ainda cinco meses no Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde desenvolveu sistemas à nanoescala com elevada eficiência contra as células tumorais, que foram posteriormente encapsulados em micropartículas para administração pulmonar. De referir que os nanosistemas permitem silenciar os genes-alvo associados à via genética do cancro. Apesar dos avanços clínicos e tecnológicos, a maioria dos pacientes é diagnosticada tardiamente com doença local ou metastizada. Além disso, os tratamentos atuais são ineficientes, uma vez que os agentes terapêuticos não chegam à zona mais profunda do pulmão. De forma a combater este problema, e numa tentativa de desenvolver metodologias sustentáveis, para produzir micropartículas respiráveis, combinou-se a atomização assistida por dióxido de carbono supercrítico (SASD), com tecnologias nano e micro. "O meu percurso iniciou-se na UBI. Este trabalho surgiu de um "upgrade" do meu trabalho de Mestrado, que já consistia no desenvolvimento de estruturas à nano escala para terapia do cancro do pulmão", explica a investigadora. "A síntese de nanopartículas (com exceção das que foram desenvolvidas no MIT), tal como todos os testes em células (in vitro) foram feitos no CICS, por mim e por elementos do grupo do professor Ilídio", sublinha Ana Sofia Silva. O trabalho constitui, deste modo, um conjunto de ferramentas para a produção o desenvolvimento e produção de formulações para inalação contendo nanosistemas com aplicações no diagnóstico e tratamento de cancro do pulmão. |
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