Para a presidente do NEOUBI, esta iniciativa é uma “mais-valia para os finalistas, uma vez que estão a acabar e muitos deles não sabem qual o passo a seguir”. Assim sendo, no sentido de colmatar esta indecisão sobre qual o caminho a trilhar no futuro estiveram presentes na ação entidades como o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) e outras empresas da área.

“Contactámos o IEFP para saber a oferta de estágios que são mais benéficos no nosso caso, a APLO para nos informarem sobre as vantagens que temos em ser associados e para termos conhecimento de como é que havemos de atuar em termos de ética no nosso trabalho. Por fim, temos aqui empresas para as quais poderemos trabalhar”, explica.

Tendo em conta que a realização do Mestrado pode ser uma possibilidade a equacionar pelos estudantes, as alterações curriculares que vão ser introduzidas no próximo ano letivo no segundo ciclo de estudos também fizeram parte da agenda. “Nós acabamos a Licenciatura e o nosso Mestrado não está integrado e uma vez que este ano vai alterar a estrutura curricular quisemos também dar conhecimento aos alunos para que eles possam escolher se vão para o Mestrado ou se saem já para a área do trabalho”, salienta Rafaela Coelho.

De acordo com o diretor do Mestrado em Optometria e Ciências da Visão “as particularidades de alguns grupos de pacientes que também existem no mercado de trabalho vão representar desafios para os quais não estarão preparados apenas com a Licenciatura e nesse sentido o segundo ciclo é muito importante para vos preparar para essas situações”. “Também tem uma outra vertente em termos da investigação científica que proporciona uma preparação para trabalharem cientificamente na área”, acrescenta.

 De resto, Pedro Monteiro destaca ainda o caráter multidisciplinar daquele ciclo de estudos, que acaba por facilitar a inserção dos discentes no mercado de trabalho. “Esta abordagem multidisciplinar dá uma preparação superior para lidarem com todos os casos no mercado de trabalho e abre outros horizontes profissionais, como seja o trabalho em equipas multidisciplinares, em clínicas de oftalmologia, ou outro tipo de clínicas mais abrangentes e em hospitais públicos ou privados”.“Todas estas valências tornam-nos num projeto único, em que nós acreditamos que será uma mais-valia para a formação futura dos estudantes”, remata.