De acordo com a diretora da Licenciatura do Curso de Ciências Biomédicas, Carla Fonseca, a “juvenilidade deste curso grita por um reconhecimento e uma afirmação no mercado de trabalho e na sociedade em geral, que ainda não existe em plenitude, esse reconhecimento vai-se construindo com o tempo à medida que for ganhando corpo e afirmando a sua identidade, tendo como trunfo a qualidade da formação e das competências adquiridas”.

Por seu turno, o presidente da Faculdade de Ciências da Saúde confessa que é com grande satisfação que tem acompanhado a evolução positiva dos dois graus de ensino deste curso. “Com grande gosto tenho visto uma consolidação do primeiro e segundo ciclos, da internacionalização, da procura da mais elevada qualidade, da investigação, da continuação e procura persistente da construção e consolidação, que tem sido sempre conseguida com dinamização, inovação e uma simbiose fulcral com o ensino e com a comunidade”.

Para o futuro, Luís Taborda Barata deseja que “haja capacidade para enfrentar tempos mais difíceis, que se continue a aprofundar a dinâmica ensino, investigação e comunidade, se saiba responder aos novos desafios de medicina mais personalizada, moleculares, novos materiais, biologia de sistemas e de tantas outras áreas e que continue a haver uma referenciação internacional cada vez mais presente, sempre no âmbito de exigência, rigor e excelência”.

Neste espaço de reencontros e partilha de experiências, o vice-reitor para a Área Financeira, Recursos Humanos e Projetos admite que a criação deste curso, que começou a formar estudantes no ano letivo de 2005/2006 é hoje uma aposta ganha. “Uma universidade faz-se pela diversidade dos cursos que tem e de facto a aposta no curso de Ciências Biomédicas, foi de facto uma aposta bem conseguida, criou um curso de qualidade, que é reconhecido a nível nacional e que contribui também para a afirmação não só da Faculdade de Ciências da Saúde, mas também da Universidade da Beira Interior”, considera Mário Raposo.

Um dos grandes responsáveis pelo nascimento do curso em Ciências Biomédicas foi o atual diretor-geral do Ensino Superior, que no decurso da iniciativa recordou que sempre existiu uma preocupação para que o mesmo fosse detentor de uma componente de investigação e de um caráter multidisciplinar.

“Naquela altura, o objetivo principal foi de o ligar muito à investigação, a formação dos alunos àquilo que eram os projetos de investigação, mais tarde surgiu a ideia de a formação também passar pelo Empreendedorismo, pareceram-me decisões altamente acertadas na perspetiva daquilo que se pretende hoje para uma área científica com uma abordagem como a que têm as Ciências Biomédicas aqui. O outro objetivo passou pela multidisciplinaridade e nós aí tivemos uma dificuldade em fazer com que os primeiros alunos percebessem que o sucesso do curso era tanto maior, quanto mais nós conseguíssemos a integração de todas as áreas”, explica João Queiroz.

De facto, esta multidisciplinaridade é apontada pelos antigos estudantes como um aspeto forte da Licenciatura em Ciências Biomédicas. O alumni Paulo Machado ingressou no primeiro ciclo deste curso em 2007 e reconhece que “a Licenciatura nos dá as bases um pouco gerais sobre vários temas, desde a Biologia à Química, à Física. Isto acaba por ser benéfico porque assim no mercado de trabalho podemos optar por fazer várias coisas, não estamos só focados numa área”.

Quanto às alterações curriculares que foram introduzidas no ano letivo de 2010/2011,com o objetivo de aumentar o número de disciplinas de opção oferecidas aos discentes, afirma que “é algo positivo, assim cada um pode optar pelo que quer, mantendo ao mesmo tempo aquilo que são as bases da Licenciatura”. Através da comemoração desta efeméride, o antigo ubiano que abraçou uma carreira na área da indústria farmacêutica, diz que sente “uma grande emoção ao recordar tanto a cidade, como os colegas, os professores e as vivências que tive na Covilhã”.

Na criação do curso de Ciências Biomédicas colaboraram vários docentes da Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Química, Departamento de Física e do Departamento de Eletromecânica. Após a sessão comemorativa da tarde de sábado seguiu-se uma Gala dos 10 anos de Ciências Biomédicas, que incluiu um jantar para assinalar a data.