Enquanto observa o futuro com os olhos no treino de benjamins do GD Mata/AAUBI, o coordenador geral da academia de firmação de futsal recorda que a “ligação do clube com a Universidade surgiu da vontade e das necessidades”. Num processo que demorou sete meses, o ex-aluno da UBI considera que objectivo era “aproveitar o que ambas as instituições tinham a oferecer em termos logísticos”.

O GD Mata consegue ter, neste momento, 120 atletas dos 3 aos 20 anos a praticar futsal e com melhorias nos resultados escolares. “Isso é saudável para toda a gente. Para os atletas, para os pais, para a região e para a universidade”, diz Pedro Bernardo. De acordo com o dirigente, alguns dos ex-juniores da Mata não teriam ficado na região e na UBI se não fosse o estímulo da equipa universitária de futsal.

A preocupação social permitiu que, neste ano lectivo, cerca de 70 por cento dos atletas tenham melhorado as notas do primeiro para o segundo período. Factos que dão aos progenitores mais confiança no clube e também têm tido reconhecimento por parte dos professores.

As vantagens para a região estão à vista. Dentro da parceria com a AAUBI, além da equipa universitária, o GD Mata tem sete escalões de futsal em atividade: petizes, traquinas, benjamins, infantis, iniciados, juvenis e juniores. Alcançado está já o apuramento para o Campeonato Nacional de Juvenis (sub-17), a realizar-se no próximo ano. 

O número de atletas tem vindo a aumentar exponencialmente nos últimos dois anos. “Hoje as escolas já nos procuram para ajudarmos em casos problemáticos de atletas do clube”, refere o coordenador do GD Mata/AAUBI. Por isso, Pedro Bernardo está convicto de que daqui a dois ou três anos abrirá uma equipa sénior com “80 ou 90 por cento” de jogadores formados no clube, para disputar os campeonatos distritais independentemente da parceria com a AAUBI nas provas universitárias.