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Uma vez ubiano, para sempre ubiano
Sara Guterres · quarta, 25 de maio de 2016 · @@y8Xxv Uma tradição universitária que continua a fazer história ao longo dos anos. A Bênção das pastas, uma cerimónia que se tem vindo a realizar desde 1986, assinala o fim do percurso académico de muitos dos estudantes que passam pela Universidade da Beira Interior. |
Finalistas com as suas pastas no ar, numa cerimónia que marcou o final das suas licenciaturas (foto de André Santos) |
22043 visitas Entre lágrimas e sorrisos cumpriu-se mais uma Bênção das Pastas. Num dia repleto de emoção, os cerca de 800 finalistas, bem como os seus familiares e amigos, encheram o recinto do Complexo Desportivo da cidade da Covilhã, no passado dia 21 de maio. Os estudantes, que findaram a sua caminhada académica, concentraram-se, por volta das 10h00 da manhã de sábado, nas instalações da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS). Daí saíram em cortejo os 29 cursos da academia até ao Complexo Desportivo, onde teve lugar a Missa da Bênção. Para uns o fim de uma etapa, para outros o início de uma nova fase. Adriana Faustino, finalista do curso de Ciências do Desporto, confessou “sentir uma emoção imensa”. A aluna acrescentou ainda que não sabe se irá prosseguir os estudos na academia covilhanense: “Apesar de não ter a certeza se irei ou não fazer mestrado, a verdade é que os últimos três anos que vivi nesta universidade são inesquecíveis”, rematou. Dos cânticos às orações, do ofertório ao cortejo de apresentação dos símbolos dos cursos. Um rato, uma ponte, um mocho e um globo terrestre foram alguns dos símbolos criados pelos finalistas de cada um dos 29 cursos da UBI. Uma das finalistas do curso de Biotecnologia, Ana Silva, explicou o porquê de ter sido escolhida uma molécula de DNA para representar o curso do qual faz parte. Fitas de várias cores, carregadas de memórias, coloriram o espaço onde os finalistas viram as suas pastas ser benzidas. “Vejo a Bênção das Pastas como uma cerimónia de muita alegria, que retrata a confiança que os estudantes têm no futuro, acabando por se assistir aqui a um hino de esperança”, comentou o Reitor da universidade, António Fidalgo. No papel de coordenador do Centro Pastoral Universitário, o Padre Henrique dos Santos, também responsável pela concretização da Bênção, admitiu que “de ano para ano a celebração tem corrido melhor”. O padre referiu ainda a importância dos ensaios, precedentes à cerimónia, que reuniram os representantes dos finalistas de cada curso. Uma cerimónia essencial não só para a universidade, mas também para a cidade que a acolhe. O autarca covilhanense, Vítor Pereira, mencionou de que modo esta celebração traz benefícios ao município. A falta de contenção por parte dos finalistas foi apontada, por alguns, como o ponto mais negativo da celebração. É o caso de Paula Lopes, que veio de Vila Real para assistir à Bênção, que frisou o facto de “haver momentos para tudo”. “Houve uma falha por parte dos estudantes. Na minha opinião, não deviam ter festejado tanto no decorrer da cerimónia, deviam ter tido mais respeito, embora eu compreenda a felicidade que eles estão a sentir”, comentou. Este ano, a celebração não contou com a habitual presença do Bispo da Diocese da Guarda, D. Manuel da Rocha Felício. “Infelizmente o Sr. Bispo não pode estar presente e não presidiu à eucaristia como estava previsto. Em alternativa, no papel de representante do Sr. Bispo, esteve presente o Cónego Manuel Matos”, clarificou o Padre Henrique. O festejo de final de curso prolongou-se noite fora. A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) resolveu premiar os finalistas com uma festa, realizada no Complexo Desportivo, que contou com a atuação dos Krash.
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