Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
UBI e Angola estreitam laços em encontro de jovens angolanos
Rafael Mangana · quarta, 18 de maio de 2016 · @@y8Xxv A Universidade da Beira Interior (UBI) acolheu no sábado, 14 de maio, aquele que foi o segundo encontro do Fórum de Jovens Angolanos em Portugal (FJAP). O evento contou com a presença de cerca de 200 estudantes universitários em Portugal oriundos de Angola e de José Marcos Barrica, embaixador angolano, que considera que a UBI reúne as condições necessárias para suprir a carência de quadros superiores sentida atualmente naquele país. |
António Fidalgo foi o anfitrião de cerca de 200 estudantes angolanos |
21976 visitas "A UBI não só tem condições e predicados para levar a que jovens estudantes possam aprender em pé de igualdade, sem distinção, conhecimentos científicos e técnicos, mas também há condições para se desenvolverem hábitos e competências sociais para que os jovens, depois de terminarem as suas formações, possam inserir-se positivamente nas respectivas sociedades". Na cerimónia que marcou o segundo encontro do FJAP, o embaixador de Angola elogiou as condições oferecidas pela UBI aos estudantes e lembrou a estratégia daquele país de reforço dos quadros qualificados, nomeadamente através de bolsas de estudo. O responsável destacou o bom ambiente académico da UBI, lembrando as vantagens de "não estar numa cidade onde as relações são impessoais”, o que “permite uma maior partilha entre os alunos, dentro e fora do espaço pedagógico". José Marcos Barrica aproveitou ainda para sublinhar que os alunos que escolhem Portugal como país de acolhimento, e nomeadamente a UBI, têm uma vantagem adicional ao nível da língua e da cultura. "Vai ser difícil aceitar que os estudantes que aqui chegam e reprovem no primeiro ano evoquem a questão da língua. Não pode haver desculpas de inadaptação pela língua ou pela interação cultural", frisou. "Reconhecemos os casos de estudantes que tenham chegado atrasados ao tempo de início das aulas, mas quem está no sentido superior também tem de ter hábitos superiores e por isso tem de fazer um esforço duplicado para recuperar o tempo que se perdeu", lembra o embaixador de Angola em Portugal. O reitor da UBI lembrou que "os angolanos são sempre bem acolhidos" e que "é uma disposição da academia, de toda a equipa reitoral, de todos os funcionários desta casa e de todos os vossos colegas. Gostamos de os ter cá e queremos que sejam muitos mais. Sejam bem-vindos e contem sempre com a UBI nas vossas iniciativas", disse António Fidalgo, durante a sessão de abertura. O responsável máximo da UBI sublinhou a intenção da instituição em reforçar a vertente da internacionalização ao nível da formação de alunos estrangeiros, nomeadamente angolanos, que são já cerca de 90 espalhados pelos vários cursos. "Angola é um país com grandes potencialidades mas confronta-se com desafios tremendos e um deles é o desafio de qualificação da sua população", lembra o reitor. "A garantia que me foi dada é que Angola não vai abrandar o esforço tremendo que está a fazer na qualificação superior da sua juventude. A UBI está consciente da responsabilidade que tem entre mãos e nós não vamos defraudar as autoridades angolanas e sobretudo não podemos defraudar os estudantes angolanos que aqui estão inscritos para fazer os seus estudos", garantiu António Fidalgo. O reitor da UBI dirigia-se aos estudantes do país africano no mesmo dia em que regressou de uma visita feita precisamente a Angola, que aconteceu na última semana. A comitiva da UBI reuniu com o ministro do Ensino Superior de Angola, Adão do Nascimento, com o secretário de Estado da Educação, Narciso Benedito e o General Jaime Vilinga, diretor-geral do Instituto Superior Técnico Militar (ISTM), instituição parceira da UBI. De resto, esta deslocação serviu para reforçar as relações da UBI com instituições angolanas, agora que está a terminar o ano letivo que trouxe para a Covilhã os primeiros estudantes através de bolsas concedidas pelo Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), além de um outro acordo que estabelece a formação de elementos do ISTM através da UBI. No encontro do último sábado do FJAP, a responsável do Sector de Estudantes da Embaixada de Angola, Ana Paula Elias, considerou precisamente que o protocolo que a UBI tem com o INAGBE "dará frutos que poderão servir para o desenvolvimento do país" e lembrou que a política do executivo do país africano é formar no exterior nas áreas técnicas, onde a capacidade de resposta das escolas angolanas é menor. A UBI, segundo Ana Paula Elias, é o local ideal para este tipo de formação, por ser "uma instituição com um potencial muito forte na área das engenharias, com alguns dos melhores laboratórios". O presidente do FJAP, fez uma avaliação muito positiva do segundo encontro realizado na UBI, assegurando o empenhamento da organização "em levar as políticas de juventude a todos os locais onde houver um angolano. É certo que os jovens têm algumas dificuldades em pagar as suas propinas ou em receberem transferências de Angola, mas é preciso acreditar e nós vamos continuar a levar essa mensagem de esperança", garante David Gobell. O segundo encontro do FJAP serviu ainda para os jovens estudantes angolanos mostrarem um pouco daquilo que é a cultura de Angola, através de uma passagem de modelos com roupas tradicionais, bem como, uma coreografia de danças angolanas, havendo ainda tempo para um momento musical característico daquele país africano.
|
Artigos relacionados:
GeoURBI:
|