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Festa da Chouriça
Sofia Dinis · quarta, 18 de maio de 2016 · “A Festa do Divino Espírito Santo é chamada a Festa da Chouriça. Por tradição a festa termina no domingo, com o arremate das chouriças, que acompanhadas por um garrafão de vinho, são depois comidas debaixo dos castanheiros”, explicou o Sacristão da Igreja de Sarzedo. |
Procissão em honra e louvor do Divino Espírito Santo |
22000 visitas A Festa em Honra e Louvor do Divino Espírito Santo decorreu de 14 a 15 de maio, na aldeia de Sarzedo, que pertence ao concelho da Covilhã. A Festa começou no dia 14 de maio com a atuação da Banda Filarmónica Carvalhense. Seguiu-se a “Procissão das velas” e por fim o baile abrilhantado por Emanuel Silva. O segundo dia de festa iniciou-se às 10 da manhã, com a chegada da Banda e a Alvorada de arruada. Logo a seguir, decorreu a Missa na Igreja paroquial de Sarzedo, que antecedeu a “Procissão em honra e louvor do Divino Espírito Santo”, com fim na Capela do Divino Espírito Santo, onde estava o arraial montado e tudo preparado para o arremate das chouriças. A festa culminou às 18 horas com a entrega da bandeira ao novo tesoureiro. Maria José Civilha, de 70 anos, nasceu em Sarzedo, no entanto, hoje vive na Covilhã, onde casou. “Em agosto chegam os emigrantes, a festa de setembro enche-se de pessoas. Mas esta de maio cada vez tem menos gente, a procissão era tão bonita, tão grande, agora nem saem os andores todos. Antigamente era só gente por todo o lado”, conta Maria José Civilha. Rui Gomes, de 20 anos, é um dos poucos jovens residentes em Sarzedo e para ele “as festas já não são o que eram”. “Antes havia muita gente, agora foi-se tudo embora. Eu próprio só por cá ando de maio a setembro, de resto trabalho em França. Mas é importante manter a festa, faz bem a quem cá mora, são dias passados de maneira diferente”, declarou o jovem. O Sacristão de Sarzedo, José Lourenço, de 63 anos, esclareceu que “a festa foi organizada pela Igreja e pelo Grupo Desportivo e Recreativo Sarzedense, porque não se encontrou tesoureiro”. “Já nem temos quem leve os andores e as bandeiras na procissão, não temos cá pessoal”, desabafou o Sacristão. António Filipe, de 65 anos, é residente na aldeia e lembra que “antigamente aqui na aldeia toda a gente ‘matava o porco’ e toda a gente prometia ao Espírito Santo que se a criação corresse bem, se dava uma chouriça e um ‘pé de porco’ para o arremate da festa”. Se na Festa do Divino Espírito Santo o andor de Nossa Senhora da Conceição sai da sua Capela rumo à capela do Divino Espírito Santo, na festa de Nossa Senhora das Preces, realizada no segundo fim-de-semana de Setembro, ela voltará a casa. Nessa segunda festa do ano decorre o já célebre Jogo de Futebol Solteiros vs. Casados e em novembro é entregue o Grande Prémio de Atletismo da Castanha. Todos estes eventos estão a cargo do Grupo Desportivo e Recreativo Sarzedense. |
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