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IV Jornadas de Química e Bioquímica mostram saídas profissionais
Carla Sousa · quarta, 11 de maio de 2016 · Região As Jornadas de Química e Bioquímica, que decorreram na Universidade da Beira Interior (UBI), serviram para mostrar as várias saídas profissionais aos estudantes destas áreas. Nesta quarta edição, pela primeira vez, os alunos de Mestrado puderam também apresentar o seu projeto de investigação, no âmbito da dissertação. O evento teve lugar nos dias 4 e 5 de maio e foi organizado pelo Núcleo de Estudantes de Química (UBIQuímica). |
Valdemar Máximo foi um dos oradores das jornadas |
21996 visitas “Este ano optámos por não só trazer tanta teoria, mas também por mostrar as saídas profissionais, o mundo das empresas, o que é que os alunos depois de acabarem a sua formação podem encontrar no mercado de trabalho e como é que as coisas funcionam”, conta o presidente do UBIQuímica. Em 2016, a iniciativa fica também marcada pela introdução de um “conceito novo, que é a “Química em 5 minutos… A tua dissertação!”, onde os alunos de Mestrado tiveram oportunidade de vir cá e em cinco minutos, num slide, apresentar o trabalho que estavam a desenvolver”.“Acho que foi importante, tanto para eles, para os preparar para depois apresentar a sua dissertação, como também para o público, para perceberem um bocadinho o que é que se pode fazer aqui nos Mestrados”, acrescenta. De resto, Diogo Adão destaca que o primeiro dia da ação “foi muito positivo, tivemos casa cheia praticamente. Os oradores que vieram de fora e que conheceram a instituição e a cidade ficaram muito agradados. Penso que até agora estamos a fazer um excelente trabalho e esperamos continuar assim”, finaliza. Uma das temáticas abordadas pela investigadora da UBI, foi sobre as diversas aplicações da celulose vegetal, que se encontra “embrenhada nas paredes celulares das plantas”, e da celulose bacteriana que se apresenta como “um produto extracelular, produzido naturalmente por algumas bactérias”. Vera Costa confessa que “as jornadas servem precisamente não só para abrir horizontes, mas também para lhes fazer perceber, aos estudantes, e a todos que vêm aqui, que na UBI também se faz qualquer coisa que é boa, que provavelmente terá futuro e que depois aos bocadinhos pode ser espalhada lá para fora”. Por sua vez, o docente da Universidade do Porto trouxe à discussão a temática sobre “a mitocôndria: dinamismo e implicação no cancro”. A mitocôndria trata-se de “um organelo, que faz parte da célula, existe no citoplasma, tem uma origem muito engraçada porque acredita-se que é uma bactéria que vive dentro das nossas células e que lhes deu a capacidade de usarem o oxigénio para produzirem energia”, explica. Valdemar Máximo sublinha que a ausência daquela, provocada por exemplo por uma doença cancerígena, vai implicar o desenvolvimento do cancro. “A mitocôndria faz com que a célula fique uma célula normal, no cancro aparentemente nós perdemos a função mitocondrial e é essa ausência da função mitocondrial que dá às células tumorais a capacidade de migrarem e de invadirem outros tecidos”, admite. Entre convidados, oradores e público o evento juntou 130 pessoas para durante dois dias debaterem todos os assuntos relacionados com a Química e a Bioquímica e onde também decorreu um concurso para a melhor comunicação em forma de poster, destinado aos alunos do último ano de Licenciatura e Mestrado em qualquer uma destas áreas. Miguel Castanho, vice-presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Armando Silvestre, da Universidade de Aveiro e Miguel Mano, da Universidade de Coimbra, foram alguns das individualidades que passaram pelas jornadas. |
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