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Semana de Economia e Gestão com personalidades "de renome nacional"
Carla Sousa · quarta, 4 de maio de 2016 · @@y8Xxv Numa tentativa de complementar a formação dos estudantes, a quinta edição da Semana de Economia e Gestão, que decorreu de 26 a 28 de abril, contou com a presença de personalidades da área industrial ou empresarial, que se reuniram para discutir temáticas tão diversas como o empreendedorismo, os mercados financeiros e o mercado de trabalho. O evento é da responsabilidade do Núcleo de Estudantes de Gestão (UBIGEST) e do Núcleo de Estudantes de Economia (UBINEEC) e teve lugar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), da Universidade da Beira Interior (UBI). |
Mesa da quinta edição da Semana de Economia e Gestão |
21988 visitas De acordo com o presidente do UBIGEST, o objetivo da iniciativa passa por “trazer CEOs e pessoas um bocadinho mais de renome nacional, que estejam na área empresarial e industrial, que de alguma forma possam complementar o que se ensina numa sala de aula e que se aprenda muito mais daquilo que são as soft skills”. Ricardo Nora assume que os alunos de Gestão e Economia possuem uma “aptidão um bocadinho especial para a área de criar empresas e o seu próprio negócio, somos pessoas com uma certa autonomia e gostamos de ter o nosso próprio “menino”e a nossa ideia de negócio”. Por isso, a ideia de debater o empreendedorismo foi também para “criar e incentivar esses tipos de negócio, estimular a ter novas ideias”, declara. “Esperamos que de alguma forma possamos facilitar o contacto com estes empresários, que podem ser futuros empregadores”, acrescenta. Tendo como mote a questão “Está na moda ser empreendedor?”, os oradores esforçaram-se por encontrar respostas a algo que nem sempre reúne consenso. Neste sentido, o docente da Católica Lisbon School of Business considera que “fazer empresas é muito fácil. Alguém que está sucessivamente a fazer empresas é fácil, porém isso não é ser empreendedor”. “Ser empreendedor é fazê-las crescer, é torná-las grandes”, salienta. Ainda neste âmbito, João das Neves garante que dois dos grandes problemas da economia do país residem no facto de se estar a “medir o número de empresas e não propriamente a sua durabilidade, a sua credibilidade e o seu desenvolvimento. Estamos também com um desequilíbrio na estrutura das empresas em termos de dimensão, que facilita às pequeninas, facilita às novas, mas não cria desenvolvimento real na economia portuguesa”. Já o administrador das Pousadas de Portugal alertou para o facto de que um empreendedor deve estar consciente para as dificuldades que vai encontrar e que muitas vezes impedem o crescimento mais alargado das empresas. “O empreendedor é alguém que tem que se habituar obrigatoriamente a encontrar muitas dificuldades, porque é muito mais fácil irmos em conjunto com, do que efetivamente questionarmo-nos e querermos fazer diferente. Essas dificuldades podem ser conflitos internos às empresas, ou externos, como burocracias que depois não permitem, muitas vezes, que alguns projetos atinjam uma fase de maturidade superior”. Apesar destes constrangimentos, Miguel Velez aconselha os discentes a “pensarem em grande”. “Os projetos sejam dentro das empresas, ou fora é preciso quebrar fronteiras, arriscar, ser-se muito fiel àquilo que é o pensamento original e depois acreditar que é possível fazer”, sublinha. Por último, Ivo da Silva foi apresentado como um jovem empreendedor, que com apenas 25 anos já idealizou e criou vários projetos, alguns deles pensados em ambiente académico. O estudante da licenciatura em Ciências da Comunicação, na UBI, destaca o importante papel que a aquela universidade teve, no sentido de lhe incutir um espírito voltado para o empreendedorismo. “A UBI contribui a partir do momento em que nos dá ferramentas que depois nos permitem dar alguma coisa ao mercado, portanto criar alguma coisa nova. Claro que o ambiente, os colegas na academia são sempre muito importantes e propiciam também estes projetos, mas principalmente através das ferramentas que uma universidade dá e que a UBI também me deu e continua a dar para desenvolver novos projetos”, menciona. Outro dos oradores que marcou presença no evento foi Ricardo Frade que no primeiro dia proferiu uma palestra, intitulada “O Próximo Passo de Portugal”. |
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