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Ambiente e Ecotoxicologia em debate no Ciclo de Conferências em Biotecnologia
Carla Sousa · quarta, 4 de maio de 2016 · O ciclo de Conferências em Biotecnologia trouxe à Universidade da Beira Interior (UBI) oradores de todas as regiões do país, com exceção do Algarve. Este ano, o evento que é organizado pelo Núcleo de Estudantes de Biotecnologia (UBIOTEC), foi dedicado à parte Ambiental e da Ecotoxicologia e teve lugar no dia 29 de abril. |
Ciclo de Conferências em Biotecnologia na UBI |
22022 visitas Para o presidente do UBIOTEC, o programa desta segunda edição fica marcado pela “qualidade dos oradores, como é só um dia podemo-nos dar ao luxo de trazer oradores de excelência, que é o caso, nós temos oradores de todas as regiões do país, à exceção do Algarve, temos oradores desde o Minho, Lisboa, Porto, Aveiro, enfim de todo o lado, e é esse o objetivo, diversificar”, destaca. Segundo João Figueiredo, com estas conferências pretende-se “transmitir o conhecimento, mostrar o que é que é feito na Ecotoxicologia, promover algumas empresas e demonstrar que existe um mercado de trabalho nesta área, que não é tão conhecida”. A investigadora da Universidade de Aveiro, Ana Sousa, apresentou uma comunicação sobre os disruptores endócrinos, que são substâncias químicas que têm a capacidade de interferir com o sistema endócrino do organismo e gerar alterações nocivas no desenvolvimento, reprodução, e no sistema neurológico e imunitário dos seres vivos. Na atualidade, estes compostos são reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde como “um dos principais problemas da saúde pública do século XXI”, afirma. Neste sentido, é da opinião que a população em geral ainda não está consciencializada para este facto, por isso felicita os estudantes por possibilitarem a transmissão desse conhecimento através da realização desta iniciativa. “A sociedade civil não está suficientemente à alerta para estes compostos, mas também é o nosso papel e congratulo os alunos por isto, por fazerem estes eventos, para que este assunto possa ser mais falado e que as pessoas possam ter conhecimento”. “Eu acredito mesmo que as pessoas quando sabem se protegem, não é por não quererem saber, é muitas vezes por não terem acesso à informação, aos factos e aos números”, acrescenta. Sem querer entrar em “fundamentalismos”, aponta algumas medidas simples que podem fazer com que o ser humano se proteja. São elas: “não usar recipientes de plástico para aquecer a comida” e “tentar evitar beber água de garrafas de plástico que tenham estado expostas à luz solar porque isso faz com que os químicos que estejam no plástico passem para a água”, aconselha. Para além dos intervenientes provenientes das instituições académicas, também estiveram no ciclo de conferências representantes de empresas. A coordenadora Regional da Direção de Operações de Abastecimento de Água da EPAL, explicou à audiência o funcionamento de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). Por um lado, Sónia Mexia realça que a UBI pode ser “uma mais valia” para a unidade empresarial de que faz parte.“Nós às vezes no dia a dia não temos tempo para aprofundar determinados conhecimentos e até avançar um bocadinho na perspetiva da investigação, eu acho que aqui a UBI podia ser de facto uma mais valia nesse sentido”, conta. Por outro lado, também ficou patente a disponibilidade da EPAL em acolher discentes da UBI para a realização de estágios.“Eu acho que podemos tirar aqui mais valias com a UBI e com a nossa empresa de promover essa experiência profissional do mundo real com os estudantes”, diz. Tiago Marques, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Ramiro Pastorinho e Annabel Fernandes, ambos da UBI, Denis dos Santos, do Instituto Superior Técnico de Lisboa e Rita Almeida, da empresa Glaciar foram alguns dos onze oradores que neste dia passaram pela segunda edição do Ciclo de Conferências em Biotecnologia. |
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