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Jornadas de Ciência Política e Relações Internacionais na UBI
Carla Sousa · quarta, 4 de maio de 2016 · @@y8Xxv A terceira edição das Jornadas de Ciência Política e Relações Internacionais, organizada pelo Núcleo de Estudantes de Ciência Política e Relações Internacionais (NE CPRI-UBI), ficou marcada por duas novidades, um debate de alunos e uma matiné/conferência, esta última levada a cabo em conjunto com o Núcleo de Cinema (EYE I). Pela iniciativa, que decorreu de 26 a 30 de abril, passaram ainda vários oradores, provenientes de diversas universidades nacionais e internacionais para debaterem temáticas sobre os Direitos Humanos, Ciência Política e Relações Internacionais. |
Jornadas de CPRI na UBI |
22041 visitas “De edição para edição nós tentamos, sempre, inovar. Este ano no primeiro dia tivemos um debate, somente constituído por alunos, também tivemos a visualização de um filme e posterior debate, organizado em conjunto com o Núcleo de Cinema, e que foi algo de diferente”, conta o presidente do NE CPRI-UBI. Filipe Almeida frisa que através desta cooperação entre núcleos consegue-se introduzir no debate temáticas mais diversificadas, ao mesmo tempo que se mobilizam estudantes de outras áreas de estudo para participarem na iniciativa. “Tendencialmente o ideal será sempre fazer atividades em conjunto, para trazer sempre outros temas que fujam um bocadinho à área para tornar o evento mais interessante e para trazer alunos de outras áreas para que também se envolvam nas nossas atividades e nessa lógica procuramos sempre uma cooperação que permita esses dois aspetos”, sublinha. O objetivo destas jornadas passa por “quebrar a monotonia das aulas e num espaço um bocado mais aberto, onde vêm professores de fora, com visões diferentes, oradores a que não estamos habituados, que trazem sempre algo de novo e que nesse sentido contribuem para enriquecer o currículo e o conhecimento dos alunos”, refere. Para o estudante da Universidade da Beira Interior (UBI), a ação “tem estado a crescer, a qualidade do próprio cartaz tem vindo a subir, a própria audiência também tem vindo a crescer em números”, por isso admite que é “um projeto para continuar e crescer em futuros anos”. “Os Direitos Humanos na atualidade” foi uma das problemáticas que esteve em debate nas jornadas deste ano, que contou com as intervenções de Carlos Videira, coordenador do Polo Zero na Federação Académica do Porto, e de João Dornelles, docente na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO). Assim, numa alusão à crise dos refugiados, que acabou por marcar o seu discurso, Videira considera que “há de facto um grande desrespeito pelos Direitos Humanos de pessoas que estão numa situação limite, em que o seu próprio Estado não tem condições ou não tem vontade de garantir os seus direitos e portanto resta à Comunidade Internacional garantir esses mesmos direitos tal como já aconteceu noutras situações”. No entanto, acrescenta que “a União Europeia não é o único ator internacional que se deve preocupar com esta crise internacional, até porque ela é proveniente de uma das regiões mais problemáticas do mundo que é o Médio Oriente e portanto exige uma solução integrada que envolva outras potências ocidentais e mesmo países vizinhos da Síria, que se têm recusado sistematicamente a aceitar os pedidos de asilo que vêm desse país”. Por sua vez, Dornelles defende que a Humanidade tem a capacidade de acrescentar novos direitos aos já existentes, fazendo com que a construção dos Direitos Humanos seja “constante”. “A Humanidade vai trazer novas questões inimagináveis e que com certeza vai ser necessário dar conta, no sentido de se tornarem como garantias de direito. Então a construção dos Direitos Humanos é constante, paralelamente à necessidade de como garantir tais direitos”, explica. De acordo com o orador “estes momentos de encontro, de debate, de reflexão são fundamentais no processo da formação de todos os estudantes das diferentes áreas das Ciências Sociais”. Diamantino da Silva, da Associação 25 de Abril, Marco Lisi, da Universidade Nova de Lisboa, Marco Martins, da Universidade de Évora e Mónica Ferro, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas foram alguns dos convidados que participaram no evento.
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