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Encarar o futuro com mais alunos estrangeiros
Rafael Mangana · quarta, 4 de maio de 2016 · @@y8Xxv Alcançar entre um quarto a um terço dos alunos estrangeiros. É esta a aposta da Universidade da Beira Interior (UBI) para os próximos anos. A meta foi deixada pelo reitor da UBI no último sábado, 30 de abril, na cerimónia que marcou as comemorações do 30º aniversário da instituição. |
O reforço da internacionalização foi a ideia forte deixada por António Fidalgo na cerimónia dos 30 anos da UBI |
22003 visitas "É a hora de sermos a universidade de escolha de jovens de outras nacionalidades, brasileiros, angolanos, cabo-verdianos, moçambicanos e são-tomenses, e de outros jovens de além-mar, que ambicionam uma formação superior de inquestionável qualidade". O reitor da UBI, António Fidalgo, durante a sessão solene do 30º aniversário da UBI, vincou a meta da instituição para os próximos anos. Com 639 estudantes provenientes de outros países, num universo de cerca de sete mil alunos, o objetivo passa por conseguir "que nos próximos anos alcancemos entre um quarto e um terço de alunos estrangeiros para assim fazer frente à baixa significativa de alunos nacionais que as instituições de ensino superior, em particular as do Interior, sentirão a partir de 2020", assegura. "A UBI tem pela frente este desafio de se tornar uma universidade global e assim assegurar a sustentabilidade demográfica que lhe falta no plano nacional e, com isso, dar um contributo para a revitalização de Portugal e da região, continuando a fazer bem aquilo que tem por missão: ensinar e investigar, de modo a elevar a formação humana, cultural, científica e tecnológica tanto de alunos e professores, como a da sociedade em geral", sublinha António Fidalgo. De resto, o reitor da UBI lembra a proximidade alcançada recentemente com o governo angolano para sustentar a necessidade e o potencial da UBI para acolher alunos estrangeiros. "Estou convencido de que a UBI dispõe das melhores condições para ser um polo deveras atrativo de alunos estrangeiros, em particular dos provenientes do hemisfério sul", refere. António Fidalgo fez ainda questão de prestar homenagem a todos os que passaram pela UBI desde a sua fundação, em 1986. Começando em 1974 apenas com 143 alunos de Engenharia Têxtil e Administração e Contabilidade no então Instituto Politécnico da Covilhã (IPC), mais tarde (em 1979) passou a Instituto Universitário da Beira Interior (IUBI), a instituição é universidade desde 1986, e hoje, quase com sete mil alunos, é "consolidada, forte, com a oferta mais robusta de todas as universidades do arco do Interior, com a maior racionalização de meios e menores custos, com a maior internacionalização", defende o reitor. Referindo o trabalho feito pelos antecessores – Cândido Passos Morgado, Manuel Santos Silva e João Queiroz - em prol da instituição, António Fidalgo recordou o percurso académico de José Mendes Lucas, o primeiro graduado e atualmente professor da UBI, que usou como metáfora para a formação da própria universidade. "A sua formação académica reflete como nenhuma outra a formação da UBI", uma vez que "saiu da zona de conforto e enfrentou a lonjura e o desconhecido para mais tarde aprender a ganhar novos horizontes".
AAUBI pediu redução das propinas Durante a sessão solene do 30º aniversário da UBI, a presidente da Associação Académica da Beira Interior (AAUBI) aproveitou para apelar à redução do valor das propinas pagas pelos estudantes.
"Considerando os encargos excessivos que os estudantes suportam, considerando o resultado positivo da UBI em 2015 e considerando ainda que a propina, para muitos, é um fator que pesa na escolha dos estudantes, permita-me aqui deixar hoje o desafio da redução da propina". No discurso que proferiu durante a sessão solene, a presidente da AAUBI, Francisca Castelo Branco, deixou o desafio "pioneiro" ao reitor da UBI. Recorde-se que o valor da propina na UBI é de 1.037 euros para os alunos que frequentam o 1.º, 2.º ciclo e mestrado integrado. De resto, a dirigente estudantil aproveitou ainda para deixar um recado ao novo ministro do Ensino Superior: "E nós senhor ministro? E a UBI? E as universidades do Interior? As do Litoral estão entregues, os politécnicos estão inseridos numa rede bastante interessante que será valorizada e que crescerá com os Cursos Técnicos Superiores Profissionais", referiu Francisca de Castelo Branco lembrando as palavras do próprio ministro. "E o Interior? O programa Mais Superior vai ser revisto por não ter alcançado os objetivos, mas por sinal a UBI foi a universidade com maior taxa de adesão ao programa. E nós Sr. Ministro?", sublinhou.
A UBI como "marca de qualidade"
A cerimónia contou ainda com a intervenção do vice presidente do Conselho Geral da UBI, que sublinhou que "o percurso de trinta anos da UBI tem sido devidamente escrutinado por todos os olhares atentos da nossa sociedade, sendo que a qualidade do trabalho desenvolvido é patente. Podemos já associar a marca de qualidade ao conjunto dos valores que hoje são atribuídos a esta casa", disse Joaquim Lima. "Por estas razões e em dia de festa, cabe-me enaltecer o trabalho desenvolvido por todos os intervenientes que ao longo dos trinta anos da UBI fizeram crescer esta universidade", rematou. Da sessão solene dos 30 anos da UBI fizeram ainda parte a outorga de Cartas de Agregação, a imposição de Insígnias Doutorais e a entrega de medalhas a docentes e funcionários que completaram 20 anos de serviço ou que se aposentaram até 30 de abril de 2016. Aos melhores estudantes do 1.º Ciclo/Mestrado Integrado que terminaram o curso em 2014/15 foram também entregues os prémios de mérito escolar. Após a cerimónia, foi inaugurada a exposição “30 anos de UBI em Imagens”, no Museu de Lanifícios, mostra que reúne painéis com fotografias dos momentos mais simbólicos da história da instituição. O Dia da Universidade encerrou com um Porto de Honra, na Tinturaria das Dornas, que contou com o respetivo bolo comemorativo do 30º aniversário. |
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