Integrada no âmbito das jornadas da V Semana de Economia e Gestão UBI 2016, o objetivo foi apresentar as razões de entrada num mestrado, avaliar os critérios de escolha da instituição e relatar experiências, dando conta do processo de recrutamento e da necessidade de formação constante dos candidatos ao mercado de trabalho.

O evento é organizado pelos estudantes Patrícia Leal, Daniela Macedo, Daniel Pais e Tiago Afonso, e pelos docentes do Departamento de Gestão e Economia José Alberto Fuinhas e António Marques. 

A semana promovida pelos Núcleos de Estudantes de Economia e de Gestão da UBI (UBINEEC e UBIGEST), que há 5 anos se unem para apresentar aos seus estudantes “o melhor do que se faz na área”, por meio de diversas atividades. 

Alcino Pinto Couto, moderador e Presidente do Departamento de Gestão e Economia (DGE), fala enquanto orientador de dissertações, mas atenta também na importância da perspetiva de quem as faz, por captar aspetos que podem ser desvalorizados. Para Alcino Couto os desafios da dissertação são a capacidade de pensamento e a autonomia. Critica a falta de um modelo alternativo para a dissertação, sendo ainda o único “output” previsto de um 2º ciclo de dois anos de estudos. 

Tiago Afonso, estudante de 3º ciclo em Economia [UE-UBI] e primeiro orador do painel, diz que “uma das razões porque escolhi o 2º ciclo foi o testemunho dos meus colegas mais velhos, e agora terminado, acho que pode ser considerado escolaridade obrigatória, pois a diferença e o crescimento das pessoas entre os dois ciclos é enorme, quer na capacidade de trabalho, quer na qualidade final”.

Acrescentou ainda que ”o que vocês podem esperar do 1º ano de 2º ciclo é que aquelas cadeiras de licenciatura que podem achar como cadeiras soltas e sem sentido, no mestrado tudo isso se agrupa e passa a fazer sentido. Quanto ao objetivo da dissertação, convém que não seja para ficar na prateleira, e sobretudo que seja útil, ela exige um trabalho semanal de 8 a 9 horas diárias, pois apesar de não haver aulas tem que haver uma disciplina de horário que é fundamental”.

”Na escolha do orientador, depois de escolhido o tema, devem preferir alguém com quem vocês se identifiquem”, além disso, estudar na UBI tem vantagens pois “é um meio pequeno, com maior contacto, onde os professores sabem o vosso nome”.

Matheus Koengkan, participante do painel e estudante brasileiro do 2º.Ciclo em Economia, enumera quatro vantagens, sendo que a relação custo-beneficio comparada a outras universidades, o incentivo aos estrangeiros, o ambiente propício para esse desenvolvimento e o processo de internacionalização porque defende que o Brasil precisa muito de trabalho qualificado, são um balanço feito de expetativas mais que atendidas. 

O choque entre os dois ciclos existe, mas “são muitas as dificuldades que nos aparecem pelo caminho quando não nos conformamos com o que está instalado, no entanto, nunca seria desafiador e verdadeiramente benéfico para os estudantes se não trabalhássemos para as superar da melhor maneira”, afirma Ricardo Nora, Presidente do Núcleo Estudantes Gestão Ubigest.