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O que é ser homem?
Joana Reis · quarta, 4 de maio de 2016 · Georges Boris dá uma nova visão sobre o homem, com uma recriação do conceito de masculinidade. |
21981 visitas No passado dia 28 de abril, a Coolabora, cooperativa de consultoria e intervenção social, acolheu mais uma sessão no seu quadro de iniciativas, intitulada de “Construção de novas masculinidades”. A sessão foi iniciada pelo moderador, André Barata, professor da Universidade da Beira Interior, que apresentou o convidado George Boris, professor de psicologia da Universidade de Fortaleza. O moderador enalteceu a pesquisa de George sobre a construção da subjetividade masculina e do estudo da sexualidade. A importância do “enquadramento dessas temáticas, em torno das identificações, das identidades impostas e das ideias essenciais forçadas”. George Boris analisou a evolução histórica do sexo masculino, a sua educação, e posicionamento na sociedade. Deu especial ênfase às dificuldades, aos problemas e conflitos do dia-a-dia de um homem, que ilustram uma série de atos e experiências quotidianas habituais entre o género masculino. Na sua pesquisa, George Boris realça que as mulheres estão sempre mais presentes nos debates sobre este tipo de assuntos. Destaca ainda que “existem poucos homens a questionarem-se sobre o que é ser homem.” A emancipação da mulher também foi um fator importante neste processo, “durante muito tempo a mulher foi considerada desconhecida.”. Agora vivemos uma realidade diferente, “as mulheres são líderes e construtoras das investigações sobre compreender a subjetividade feminina.” George considera o sexo masculino ”o sexo frágil”: as mulheres já não admitem pensamentos antigos e muitos homens já não se identificam com o pensamento dos seus antepassados, por isso surge a questão de uma crise da subjetividade masculina. “O macho só é macho em certos momentos, a fêmea é durante toda a sua vida”. Todo um conjunto de estereótipos, levaram o sexo masculino a “ficar reprimido do que é correto ou não fazer em sociedade”. Como o simples fato de ser considerado errado oferecer a um bebé do sexo masculino uma boneca, ou vestir uma camisola rosa, algo que é alvo de discriminação por parte de outras pessoas. Como conclusão, o conferencista destaca que a “relação íntima com a mãe é a grande direcionadora da construção da subjetividade masculina.” A sessão foi encerrada com um debate sobre a apresentação, em que todo o público foi convidado a participar. |
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