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Escrever para rir
Ana Soares · quarta, 20 de abril de 2016 · Continuado A primeira edição das Jornadas de Ciências da Comunicação dedicou um dia ao humor e à escrita criativa. |
Os alunos atentos à apresentação dos comediantes Diogo Faro, Carlos Pereira e Dário Guerreiro |
22015 visitas Foi com entusiasmo, boa disposição e muitas gargalhadas que a Universidade da Beira Interior recebeu, no passado dia 13 de abril, Diogo Faro, Carlos Pereira, Dário Guerreiro e Luís Filipe Borges. Os humoristas portugueses marcaram presença para dar o testemunho dos seus percursos na área da comédia e responderam, também, a algumas curiosidades do público. Tendo por base a escrita, a comédia revela-se uma arte difícil de realizar uma vez que nem sempre é bem interpretada pelos espectadores. Muitos humoristas chegam a receber ameaças de pessoas que encaram certos temas com seriedade, mas afirmam que “aprendemos a lidar com isso e não nos desmoraliza”. “Os limites estão na cabeça de cada um”, declarou Diogo Faro, acrescentando que usa a crítica e o sarcasmo para fazer outros rirem-se de coisas que acha “abomináveis”. Na sua apresentação, Diogo passou alguns vídeos referenciadores do seu trabalho. Apesar das diferentes localizações de cada um, os comediantes tentam vingar com o seu contributo nesta área. É o caso de Dário Guerreiro, que habita no Algarve e refere que “a população que lá reside é um pouco esquecida”. Ainda assim, tenta superar estas limitações através do seu canal no Youtube, “Môce dum Cabréste”, o que lhe assegurou centenas de atuações. Dário afirma que “o marketing é muito importante na área da comédia”. “Eu, tu e o Preto” é a página de facebook de Carlos Pereira, um comediante africano que faz uso do seu trabalho para brincar com as tensões raciais em Portugal. Carlos Pereira é africano, orgulha-se do seu percurso e confidencia que o truque para se destacar é “saber escrever um bom texto que dê prazer ler”. Carlos traçou o seu caminho sem nenhuma preparação nesta área, no entanto, acredita estar a desenvolver um trabalho cada vez melhor e espera avançar no caminho da profissionalização. A curiosidade fez com que muitos alunos participassem neste congresso humorístico para associar a “faceta pessoal de cada comediante ao trabalho que desenvolvem”, confidenciou a aluna Inês Costa, acrescentando que a conferência superou as suas expectativas, ajudando a descontrair. |
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