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“Os médicos conseguem ter aqui uma qualidade de vida muito melhor”
Rafael Mangana · quarta, 20 de abril de 2016 · João Casteleiro assumiu no início do mês a presidência do conselho de administração do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), regressando a um cargo que já ocupou por duas vezes. Em declarações ao Urbi et Orbi, garante que a relação estreita com a Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da UBI é para manter, dando condições aos profissionais de saúde para se poderem fixar na região. |
João Casteleiro, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Cova da Beira |
21988 visitas "A FCS quando veio para aqui foi com base na existência deste hospital, portanto, naturalmente a nossa política é continuar sempre a fornecer o apoio, a tutorização, o apoio dos médicos e dos técnicos deste hospital, para que cada vez mais se consigam mais alunos e de qualidade, que me parece que é o que aqui tem acontecido nesta faculdade", refere o cirurgião. João Casteleiro lembra que "uma coisa é acabar, fazer o Mestrado, outra coisa é depois o profissional acabar a sua especialidade e só depois da especialidade é que as pessoas podem optar de uma forma geral pelo hospital definitivamente". Daí que considere "fundamental" a ponte entre a faculdade e o hospital. "Acabamos por ter um seguimento que não fica a dever nada a nenhum outro hospital do país, há uma grande satisfação de todos os alunos e médicos recém formados que passam por aqui, a avaliação que fazem do nosso Centro Hospitalar é positiva", conta. De resto, considera que "no Interior a qualidade de vida que temos é muito melhor do que a que têm nos grandes centros. Eu quando vim para cá perguntavam-me se vinha para a província e o conceito de província era um pouco pejorativo, mas hoje em dia é algo que tem de ser encarado positivamente", defende. "Não estou a dizer que trabalhamos menos, mas é um trabalho muito mais produtivo, passamos muito menos tempo nos transportes, está tudo muito mais próximo, os infantários ou as escolas onde as pessoas têm os filhos, a vida aqui está muito mais facilitada do que está nos grandes centros e é isso que nós temos que mostrar às pessoas que acabaram as suas especialidades". Ainda assim, admite que "há todo um trabalho que tem que ser feito a nível do próprio Governo, que tem que fazer uma discriminação positiva e porque só assim é que consegue estabelecer equilíbrios entre o Litoral e o Interior". Para o mandato que agora assume, João Casteleiro sublinha que a finalidade da recém eleita direção é "prestar cuidados de saúde às populações que sejam de qualidade e que deem um determinado grau de satisfação, ou pelo menos uma grande percentagem de satisfação aos utentes, aos doentes que nós temos". Quanto ao futuro, lembra que "devido à crise atual, e relativamente a todos os projetos que possam acontecer, tem que se ter principalmente muito rigor naquilo que se faz e nas contas que nós fazemos e todo o investimento que possa ser feito". Lembra, ainda assim, que "o que é fundamental é darmos cada vez mais serviços de saúde de qualidade às populações e que se evite cada vez mais a ida para grandes distâncias, nomeadamente, para os grandes centros hospitalares do Litoral". Da equipa do conselho de administração liderada por João Casteleiro, que acumula a direção clínica, fazem parte elementos que por outras vezes trabalharam diretamente com o médico covilhanense quando exerceu as funções de responsável máximo do CHCB, como Vítor Mota, anterior administrador dos Serviços de Ação Social da UBI e João Ramalhinho, enfermeiro. Substituindo Miguel Castelo Branco, o cirurgião exerce as mesmas funções que desempenhou entre 1999 a 2002 e 2005 a 2011.
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