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O Ignite e o sonho do João
Rafael Mangana · quarta, 6 de abril de 2016 · João Ferreira, aluno do curso profissional de Programação da Escola Secundária de Loures foi um dos 150 estudantes, do 9º ao 12º ano de escolaridade, a participar na iniciativa tecnológica "Ignite Your Future", que decorreu de 28 de março a 1 de abril. O evento, organizado em parceria pela Câmara do Fundão, Universidade da Beira Interior (UBI) e Altran, acabou por proporcionar uma experiência diferente ao jovem vindo de Loures, que teve a oportunidade de ser piloto por uns minutos. |
João Ferreira e Paulo Fazendeiro aos comandos de um dos aviões do estacionamento do polo principal da UBI |
21991 visitas "Não tenho palavras para descrever o que estou a sentir, ainda estou um bocado nervoso de lá ter entrado". Aos 19 anos, João Ferreira está dividido entre a paixão da Informática e a paixão pelos aviões. No contexto do "Ignite Your Future", visitou a UBI e fez um pedido especial: entrar num dos aviões expostos no estacionamento do polo principal da universidade. "Gosto mesmo muito de aviões, é uma paixão", revela. "Este apesar de ser velhinho, já voou, é um avião". Depois da experiência proporcionada pela UBI, a Engenharia Aeronáutica parece ter ganho terreno. "Também pratico aeromodelismo e estou a fazer um projeto relacionado com a tecnologia usada para estabilizar os aviões. Quanto mais pesquiso, mais a paixão aumenta", revela. Só há um defeito a apontar: "Têm que arranjar um F-16 para pôr aqui. Era só mais um". Quanto ao "Ignite Your Future", o jovem garante que "foi muito bom" e não tem dúvidas: "deviam fazer esta iniciativa mais vezes". Paulo Fazendeiro, docente do departamento de Informática da UBI foi um dos organizadores do evento e o anfitrião da visita dos alunos à UBI. "A ideia foi mostrar aos jovens as capacidades da região, a qualidade de vida que temos aqui à nossa volta , mostrar o dinamismo da UBI e também permitir-lhes ver que nesta região temos empresas de índole tecnológico, no âmbito das novas Tecnologias da Informação e Comunicação, que se estão a instalar, algumas delas internacionais e que trazem outras pequenas empresas à sua volta", esclarece. "Inicialmente tínhamos pensado o evento mais direcionado para a área de Informática, mas depois entendemos que poderia ser algo redutor e deveríamos alargar às Engenharias porque os jovens que nos procuraram terão à partida alguma apetência para a área das Engenharias", refere Paulo Fazendeiro. De resto, o exemplo do João comprova que a aposta foi acertada. "Ele veio falar comigo e mostrou um entusiasmo tremendo pela Aeronáutica. Já pratica aeromodelismo, tinha um sonho que era conseguir ver os aviões por dentro e entrar na canopy (cobertura do cockpit) dos aviões, e realmente conjugando uma série de vontades, desde logo, com a colaboração do Departamento de Aeronáutica, conseguimos concretizar este sonho", conta. Convidado a fazer o balanço do evento, o docente considera que "foi muito interessante". Durante a iniciativa, estiveram trinta equipas em competição, com vários desafios tecnológicos associados à robótica e informática. Nessas equipas havia quatro alunos do secundário e um mentor da UBI, "que contribuiu para criar uma dinâmica de grupo, até porque esse era um dos objetivos desta semana, que começassem a ser criados alguns mecanismos de trabalho em equipa. E é curioso que aprenderam todos uns com os outros", sublinha. Paulo Fazendeiro revela ainda ter sido abordado por vários alunos para a realização de outro Ignite já este verão. "Neste momento é difícil responder a isso, mas quer os miúdos quer nós próprios, organização, ficámos muito satisfeitos com este primeiro Ignite e oxalá que seja o primeiro de muitos". |
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