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Final do I Concurso Internacional de Percussão
Oana Gabriela Pauca · quarta, 30 de mar?o de 2016 · O concerto que marcou o final do I Concurso Internacional de Percussão da Beira Interior (CIPBI), que teve início dia 18 de março, decorreu no dia 23, às 21h, no Anfiteatro da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS). Neste concerto participaram os laureados das categorias C e D, apresentando as performances que lhes garantiram a vitória. |
André Dias, vencedor da categoria D do CIPBI |
21995 visitas Agostinho Sequeira e André Dias foram respectivamente os vencedores do primeiro prémio das categorias C e D, e Francisco Cipriano recebeu o segundo prémio da classe C (dos 16 aos 18 anos). O encerramento deste primeiro concurso de percussão ficou a cargo dos três, que apresentaram em público os respetivos programas trabalhados para o CIPBI. A Escola Profissional Metropolitana, de Lisboa, ficou bem representada, sendo que os dois vencedores da categoria C são alunos nesta. Agostinho Sequeira apresentou uma performance bastante única, que lhe garantiu o primeiro prémio da classe C. Na primeira parte do seu programa, Agostinho serviu-se apenas das mãos e de música de apoio ao espetáculo de "mímica musical" que apresentou. Já na segunda parte do programa, o jovem artista decidiu tocar caixa e foi com esse conjunto de atuações que ganhou mil e duzentos euros, repartidos por dois concertos na região da Beira Interior, bem como a presença na Orquestra de Sopros da Comunidade Europeia. Francisco Cipriano garantiu o segundo lugar na classe C, tocando marimba. O vencedor da Categoria D (dos 19 aos 30 anos) foi André Dias, da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, do Porto. O seu programa passou por tocar um conjunto formado por uma bateria com congas, e marimba. O prémio que lhe foi atribuído garante-lhe a presença no Groove Alentejo e três mil euros, divididos por seis concertos na região, tendo que "justificar seis vezes o porquê de ter ganho", diz Luís Cipriano, Presidente da ACBI. Além desses dois prémios, Marco Fernandes, diretor artístico e presidente do júri do CIPBI, ofereceu-lhe um terceiro ao convidá-lo para fazer parte do júri do concurso na edição do próximo ano. Esta decisão não fazia parte do programa, mas, segundo Marco, "faz sentido e parece-nos uma decisão lógica que se deve a todo o profissionalismo e talento demonstrado por parte do André nesta competição". Os vencedores das categorias A (até aos 12 anos) e B (dos 13 aos 15 anos) foram escolhidos no dia 20 de março. Na classe A decidiram-se os três melhores programas, sendo que o primeiro melhor pertence a Raúl Eira, do Conservatório Regional de Música de Vila Real; o segundo lugar foi ganho por Inês Silva, da Academia de Música de Castelo de Paiva, e o terceiro por João Fialho, do Conservatório de Musica de Sintra. A classe B contou apenas com um primeiro lugar, que foi ganho por Rafael Picamilho, da Academia de Artes de Chaves, e com uma menção honrosa direcionada a Pedro Castro, da Academia de Música de Paços de Brandão. Os prémios destas duas categorias foram acessórios. Luís Cipriano, que vinha a idealizar todo o concurso há algum tempo diz que tem recebido muito bom feedback por parte de pais e de professores dos concorrentes. "Avaliando o percurso que esta competição tomou, acho que fizemos um trabalho bastante bom, mas o nível do concurso mede-se pelas performances daqueles que sobem ao palco", diz Luís Cipriano, explicando que a avaliação que faz dos concorrentes é uma só: "Ou toca, ou não toca, e os concorrentes deste concurso sabem tocar, daí que não considero que haja vencidos, mas sim vencedores e não-vencedores". O presidente da ACBI faz um balanço bastante positivo desta primeira edição do CIPBI, tanto pelo número de concorrentes que se inscreveram, quarenta e dois, como pela qualidade artística que os mesmos apresentaram, que o deixou "completamente satisfeito". "A arte são ritmos da natureza e das nossas vidas", diz Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, que esteve presente na cerimónia de encerramento e entrega dos prémios do CIPBI. O autarca dá conta de que "estas atividades são um incentivo para o desenvolvimento da cultura na nossa região e têm um grande impacto, porque um cidadão culto é um cidadão mais ativo, mais interativo, mais participante". O maestro Luís Cipriano atribui grande importância ao trabalho que membros da Associação Cultural da Beira Interior desenvolveram na realização deste concurso, bem como às marcas que cederam o material necessário. O presidente da ACBI explica que "o material que as marcas cederam para o concurso poderá, no final, ser comprado a um preço mais baixo, tendo prioridade os concorrentes do concurso", constituindo "uma pequena ajuda que está a ser dada por parte das marcas aos artistas que querem fazer da música vida". A segunda edição do Concurso Internacional de Percussão da Beira Interior já está a ser preparada e irá decorrer no próximo ano, 2017, mas ainda não tem data marcada. |
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