Segundo Sandra Soares, membro da organização da iniciativa na UBI, este evento “é essencialmente virado para o ensino secundário, o objetivo fundamental é captar alunos para as áreas da Física e motivá-los para o importante papel que a ciência tem na vida da sociedade em geral”.

Do programa consta “uma sessão de treino, vai existir a parte do exercício em que os estudantes vão para os computadores e tentam fazer o exercício que lhes vai ser proposto. Depois do almoço, têm uma palestra e uma análise dos resultados do trabalho que realizaram durante a manhã. Por último, têm uma videoconferência de discussão de resultados com as outras escolas que estão ligadas por videoconferência, e cujo ponto central é o European Organization for Nuclear Research (CERN)”.

Esta já é a nona vez que a UBI acolhe as Masterclasses. “A UBI associa-se a este evento já há imenso tempo, praticamente desde o início. Inicialmente só existia em Lisboa, mais tarde foi estendido ao Algarve e depois a UBI abriu-lhe as portas e finalmente chegou à Covilhã”, refere a também docente do Departamento de Física.

Isilda Pereira, veio acompanhar os alunos de décimo primeiro ano da Escola Secundária de Celorico da Beira. A professora de Físico-Química menciona que o estabelecimento de ensino participa nesta ação com o intuito de “motivar os alunos para este tipo de atividades, para que um dia venham a seguir cursos de ciências. Para além disso, é um evento que está ligado a um campo muito vasto, nomeadamente ao CERN que qualquer professor de Física tem como objetivo conhecer.”

A Escola Secundária de Seia também esteve representada pelos alunos de décimo segundo ano. António Mendes, professor de Física daquele estabelecimento, afirma que “é importante que estes estudantes comecem a ter contacto com a universidade, pois daqui a uns meses têm que decidir os cursos que vão escolher e esta é uma forma de os ajudar nessa decisão”.

Desta forma, Manuel Gonçalves, estudante da Escola Secundária de Seia, assume que já se encontra a refletir sobre qual o caminho a escolher no ensino universitário. “Estou bastante interessado pela parte da física das partículas, que pode ser uma área para eu prosseguir os meus estudos na universidade, o que faz com que este evento seja muito interessante para mim”. Para além disso, confessa que “a videoconferência com o CERN é uma atividade muito atrativa e que contribui fortemente para eu vir cá”. Também Hugo Ramos, estudante da Escola Secundária de Celorico da Beira veio preparado para “aprender mais e perceber um pouco melhor as matérias nesta área”, declara.

A nível mundial, as Masterclasses são organizadas pelo International Particle Physics Outreach Group (IPPOG) e este ano celebram a sua décima segunda edição.