De acordo com o presidente do NINF, "a iniciativa basicamente é um convívio, onde as pessoas jogam entre elas. Também existem prémios e quando isso acontece há sempre um pouco de competitividade, ninguém vem cá para perder, mas nota-se em algumas equipas que vêm mesmo cá só para participar e para se divertirem um pouco, perderem um fim de semana em frente ao computador e criar novas amizades".

A Lan Party, que é constituída por cinco jogos de computador - "League Legends", "Counter Strike", "Hearth Stone", "PES 2016" e "FIFA16" - e por vários torneios, começou às 20 horas de sexta e prolongou-se até às 16 horas de domingo. Na tarde de sábado a iniciativa já registava 70 inscritos, que vieram de várias zonas do país, como Lisboa, Porto, Braga, Castelo Branco, Guarda ou Fundão. Romeu Conceição considera mesmo que o evento permite dinamizar a economia da cidade, uma vez que os participantes "acabam por ir aos centros comerciais comprar alimentos para os três dias do evento. Como o núcleo também funciona com alguns donativos, fazemos publicidade às empresas locais para serem vistas lá fora de outra maneira".

Estiveram também presentes vários alunos que ainda se encontram a estudar no Ensino Secundário e que "ao virem aqui podem ter o seu primeiro contacto com a UBI, e quando for a altura de se candidatarem ao Ensino Superior talvez possam escolher a UBI", afirma o também estudante de Engenharia Informática.

Na verdade, grande parte destes jogadores estão reunidos numa comunidade virtual, o que faz com que "as lans sirvam para conhecer as pessoas com quem jogamos virtualmente, porque não as conhecemos e desta forma podemos fazê-lo. Os jogos são uma forma de interagir uns com os outros, de maneira diferente e aumentar a competitividade", menciona.

Renato Santos, vem de Braga e a vontade de participar na lan levou-o a percorrer vários quilómetros de autocarro. "Já há alguns anos que estava com a intenção de vir a esta lan, mas a falta de dinheiro ou a inexistência de elementos para constituir uma boa equipa adiaram esse objetivo. Mesmo que não consiga ganhar o prémio, vim para conviver", confessa. O estudante de Matemática vem munido de todos os equipamentos que lhe proporcionam alguns momentos de descanso, como saco cama e almofada e que acabam por lhe serem úteis. "Não me sinto muito cansado, tenho é o corpo pesado. Até me estou a aguentar bem, mas vou-me deitar um bocado para matar o tempo", adianta.

Por sua vez, Hélder Mesquita já vem a esta iniciativa desde a sua décima quarta edição. Neste ano, destaca "a boa organização, a qualidade dos jogadores e o ambiente agradável que se vive, os colegas de jogo vieram todos o que é muito bom".    

"Quando se treina para vir cá o principal é o prémio, mas depois quando se está cá eu já estou contente por estar onde estou, pelas pessoas que já revi, por isso já vou para casa a sentir-me bem", assume o visitante.

Para o jogador, este género de iniciativas servem para "dinamizar a cidade a um fim de semana, já que nesta altura grande parte dos estudantes universitários vão para as terras de onde são originários e a Covilhã acaba por ficar com menos movimento". De resto, para Renato Santos, esta é uma forma de "dar a conhecer a cidade e a universidade a muita gente que não é de cá".