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Vilas focadas no futuro
Maria Inês Valente · quarta, 2 de mar?o de 2016 · Região Alunos portugueses e estrangeiros ajudam na reabilitação de duas vilas do interior no projeto Tuberlim, um workshop promovido pela UBI nos dias 23 e 25 de fevereiro. |
Alunos trabalham na apresentação das propostas sob a supervisão dos organizadores do evento |
21982 visitas A despovoação é um problema geral que afeta, cada vez mais, as cidades do interior, seja por fuga para meios mais desenvolvidos ou por emigração. Como forma de colmatar esta questão, o Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura (DECA) da Universidade da Beira Interior, em conjunto com a Universidade Técnica de Berlim (TUB), realizaram um workshop com o intuito de encontrar soluções para a reabilitação de espaços despovoados. As vilas de Alpedrinha e Castelo Novo, situadas no concelho do Fundão, foram os dois estudos de caso desta investigação. Segundo Anna Marta Wlodarczyk, arquiteta e promotora da iniciativa, o objetivo é, através da junção de diferentes culturas, reabilitar as vilas em estudo e criar infraestruturas que lhes tragam mais habitantes, mostrando, assim, que Alpedrinha e Castelo Novo também são bons sítios para viver. A juventude é a voz da criatividade neste projeto face à reabilitação, no entanto a arquiteta acrescenta ainda que “são precisas novas soluções, mas sempre com respeito pelo nosso passado e património”. De acordo com Ana Lídia Virtudes, docente da UBI e também organizadora do evento, na primeira visita às vilas os alunos estrangeiros não encontraram quaisquer problemas. Lena Mosel, estudante da Universidade Técnica de Berlim, refere que as aldeias que têm na Alemanha é que parecem realmente abandonadas. “Aqui é tudo muito bonito e têm muitas infraestruturas para caminhadas”, acrescenta. Lucas Borges Fernandes, estudante de arquitetura paisagística na Universidade da Beira Interior, faz dupla com um colega de nacionalidade francesa. O aluno afirma que apesar de algumas dificuldades no consenso de soluções para o projeto “é interessante trabalhar com alguém que tem uma mentalidade e uma cultura diferente da nossa”. A maioria das soluções encontradas pelos estudantes passam por melhorar as condições das vilas para os residentes das mesmas, conectá-las entre si, e só depois apostar no turismo. A apresentação das propostas, que decorreu no dia 26 de fevereiro, dividiu-se em três etapas: apresentação de Castelo Novo e Alpedrinha no estado inicial, as soluções encontradas e exposição das mesmas. O workshop, intitulado de Tuberlim, contou com a presença de 28 estudantes, 15 da UBI e os restantes provenientes da TUB. Os alunos foram divididos, estrategicamente, em grupos de três elementos, dois portugueses e um de nacionalidade estrangeira, “para que a comunicação em língua inglesa fosse mais fácil”, explica a mentora do projeto. |
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