"Acreditamos que podemos trabalhar no sentido de intensificar a nossa colaboração, particularmente nas áreas em que a oferta em Angola é muito reduzida e nas áreas em que precisamos de formar muito mais", referiu o ministro angolano do Ensino Superior. "Estamos a falar das áreas das Ciências, Engenharias e tecnologias diversas, bem como, das áreas das Ciências da Saúde, Artes e Letras", esclareceu Adão do Nascimento.

De visita à UBI para estreitar os laços de cooperação, dando seguimento ao protocolo já celebrado em setembro, aquele responsável do governo angolano deu conta do interesse daquele país em formar, não só alunos, mas também docentes. "Aqui poderemos também apostar na formação do corpo docente para Angola, os nossos estudantes poderão aqui fazer Mestrados e Doutoramentos para reforçarem o corpo docente das instituições de Ensino Superior angolanas", sublinhou.

O intercâmbio entre alunos da UBI e das instituições do Ensino Superior angolanas foi outro dos pontos aflorados. "Poderemos também ter, com tempo, projetos conjuntos de formação em Angola ao nível dos Mestrados e, mais tarde, de Doutoramentos", esclareceu Adão do Nascimento. "E podemos encorajar os investigadores angolanos e da Universidade da Beira Interior a trabalharem juntos, quer em Angola, quer aqui, e assim criarmos uma dinâmica de intercâmbio académico-científico importante para o benefício das instituições envolvidas", sublinhou.

Depois de reunir com a equipa reitoral da UBI, Adão do Nascimento teve oportunidade de visitar os vários polos, concluindo a visita ao início da tarde com a ida à biblioteca central da universidade. "Demos conta de que aqui há um bom ambiente, não só ao nível académico e científico, mas também educativo", destacou. "As infraestruturas são importantes mas mais do que isso, sentimos que aqui se continua a fazer educação, os professores estão muito próximos dos seus estudantes e a universidade está aberta para que os estudantes se emancipem do ponto de vista educativo e conheçam bem a cidade. Aqui faz-se boa academia", elogiou o ministro no final da visita.

Para o futuro, Adão do Nascimento sublinha que "não nos faltará vontade de, regularmente, procedermos à avaliação do que estamos a fazer para, eventualmente, corrigirmos o que for preciso. A intenção é reforçarmos a cooperação e termos resultados que satisfaçam, tanto Angola como a Universidade da Beira Interior".

De resto, o reitor da UBI reitera que "a Universidade da Beira Interior está completamente aberta à cooperação com Angola, será benéfico para as duas partes". Lembrando o protocolo já celebrado, António Fidalgo refere que "a experiência com os alunos bolseiros angolanos que estão aqui correu muito bem e, portanto, é algo para continuar".