Alexandra Monteiro, membro do AEROUBI - Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeronáutica da UBI, explica que esta palestra dá inicio a um novo projeto do núcleo, as conferências com antigos alunos, com o objectivo principal da partilha de experiências, exposição de dúvidas no percurso pós-académico, e procura de trabalho. 

Ana Azevedo, vogal do núcleo, salienta as semelhanças com o Gabinete dos Alumni, Antigos Alunos da UBI, alunos esses que constituem um dos principais ativos da instituição e da região, mas reitera que esta iniciativa é da exclusiva responsabilidade do AEROUBI, como forma de dinamização do núcleo. 

Filipe Tavares foi assim o primeiro orador desta iniciativa, na sua primeira edição. Começou por resumir o seu percurso académico, ressalvando, dado o seu ainda curto percurso, não considerar “que a minha experiência profissional seja relevante, mas passo o testemunho, vou tentar que vocês saiam daqui mais motivados”. 

Auto intitula-se “uma pessoa nova no mundo da aviação comercial”, também pelo seu percurso não ser ainda muito extenso, mas deixa já alguma dicas dizendo que “é importante, na vida profissional, sempre sabermos trabalhar em equipa, e saber que quando há um prazo tem que se cumprir, tudo dentro da meta, dentro dos prazos, do que é suposto ser feito”.

Lembra-se bem do seu primeiro estágio curricular não remunerado, de dois meses, nas OGMA: “Aqui sim, o primeiro embate, a primeira vez que saí da Universidade, fui trabalhar para uma empresa mesmo vocacionada para a reparação e o fabrico de aeronaves militares artificiais. Foi pouco tempo, não deu para fazer muita coisa, mas a experiência foi boa, é sempre importante para a malta sair daqui, ir lá fora um pouco e voltar, fazer a experiência e guardar a experiência para o futuro”

A palestra foi recheada de partilha de experiências e conselhos para os recém-licenciados. Diz Filipe Tavares: “Trabalhos que mais ninguém queria fazer, põe-se o estagiário a fazer. Aprendi muito assim”. A componente humana também é muito importante, segundo o orador, porque “é fantástico, como é que uma pessoa consegue sair daqui, conhecer pessoas, no futuro nunca se sabe”.

“Aproveitem agora na UBI para explorar, para mexer, para fabricar, para fazerem erros, e falhar e voltar a fazer outra vez, e no final tirar uma coisa boa, porque, lá fora, erram e saem! Cursos de aperfeiçoamento são caros, portanto é bom absorver todos estes conhecimentos que nos são cedidos, não só na Universidade, mesmo que sejam um pouco caros, vocês inscrevam-se e vão”.