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Inovação de braço dado com a mudança
Sara Guterres · quarta, 24 de fevereiro de 2016 · O Ciclo de Conferências “Da Mobilidade à Acessibilidade: Os Transportes nas Cidades Portuguesas em 2030” chegou em força à cidade da Covilhã. Um dia, um tema, um objetivo: mudar mentalidades. |
Assembleia em discussão no Auditório Municipal da Covilhã |
21993 visitas Carros que andam sozinhos, autocarros que voam...será este o novo mundo de 2030? “Construção de um sistema de inovação: informação, transparência e responsabilidade” foi o tema que deu vida à conferência que teve lugar no Auditório Municipal da Covilhã, no passado dia 18 de fevereiro. A programação do encontro centrou-se em questões como o conhecimento e a inovação, que são duas das pedras basilares do processo de mudança. O número de inscritos superou as expectativas. Estiveram presentes, ao longo do dia, cerca de 80 pessoas. A luta pela mudança não é algo de agora. Tendo em conta a sua orografia, a Covilhã não é considerada uma “cidade fácil” em termos de mobilidade e acessibilidade. A nível local, a autarquia da cidade beirã já procedeu à implementação de um Plano de Mobilidade Urbana, plano esse que passou pela criação de meios mecânicos e pontes que vieram permitir à comunidade urbana deslocar-se de um ponto para outro de uma forma simples e rápida. Três elevadores, um funicular e uma ponte pedonal foram algumas das intervenções realizadas pela Câmara Municipal da cidade serrana, no âmbito da promoção da mobilidade e acessibilidade. Segundo o autarca, Vítor Pereira, todas as decisões tomadas tiveram como principal objetivo “combater o declive acentuado desta cidade montanhosa”. O presidente da Câmara Municipal da cidade anfitriã tornou pública a sua visão para o município em 2030, referindo algumas das perspetivas futuras que já estão “em cima da mesa”. De entre dezassete projetos futuros apresentados no decorrer da intervenção de Vítor Pereira, destacaram-se a construção de uma rede de bicicletas elétricas, um plano de reparação e requalificação das estradas municipais do concelho covilhanense e, numa dimensão nacional, facilitar a ligação Covilhã - Coimbra. “Nós queremos lançar passos para o futuro, planear e fazer o melhor possível para que os nossos concidadãos possam deslocar-se com facilidade para onde quiserem”, comentou o autarca. O moderador da conferência, Rui Camolino, e também presidente da Associação de Sistemas e Serviços Inteligentes de Transporte de Portugal (ITS do inglês Intelligent Transport Systems and Services), confessa que está a ser feito um esforço para que em 2030 as condições de acessibilidade sejam superiores às atuais. Com este tipo de iniciativa pretende-se, tal como explica, fazer com que as próprias autarquias “pensem mais à frente”. No papel de coordenadora científica deste seminário, Rosário Macário confessou que “não existe transformação se não houver uma curva de aprendizagem, uma passagem de conhecimento”. Segundo a oradora, a “inovação é o fio condutor do processo de mudança”. A coordenadora expôs ainda a sua perspetiva acerca das alterações internas que devem ser feitas para melhorar a mobilidade no concelho covilhanense. Numa fase inicial, estipulou-se que o ciclo se iria realizar em seis cidades distintas: Évora, Covilhã, Funchal, Coimbra, Porto e Lisboa. Tendo sido, numa fase posterior, incluídas neste Ciclo de Conferências mais sete cidades nacionais, perfazendo um total de 13 municípios envolvidos no projeto. A seleção das cidades escolhidas, segundo Rui Camolino, foi feita de uma forma “um pouco aleatória” pela própria direção da ITS Portugal, com o auxílio do departamento de coordenação científica. Após ter passado pela cidade de Évora e pela Covilhã, o Ciclo de Conferências dirige-se agora para o Funchal onde irá ser discutida, no dia 18 de março, a “Mobilidade e Acessibilidade do Turismo nas Cidades Portuguesas em 2030”. |
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