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Comissão de utentes intensifica luta para a abolição das portagens na A23
Carla Sousa · quarta, 10 de fevereiro de 2016 · A comissão de utentes da A23 promoveu, no dia 3 de fevereiro, na Biblioteca Municipal da Covilhã, uma reunião pública com o objetivo de analisar as consequências da introdução de portagens na auto estrada da Beira Interior e planear formas de reivindicação que conduzam à supressão das mesmas. As principais decisões que saíram desta sessão passam pela intensificação das formas de luta, através da presença deste movimento na Assembleia da República aquando da votação das propostas apresentadas pelos grupos parlamentares do Partido Comunista Português (PCP) e do Bloco de Esquerda (BE), a realização de ações de rua e reforço do trabalho junto das autarquias. |
Portagens da A23 têm sido tema de discussão desde o começo da sua instalação. |
21998 visitas Marco Gabriel, representante da comissão de utentes, sublinha a luta pela total eliminação das portagens, pois "a região já experimentou outros regimes de isenções, de descontos, e por causa deles, hoje, não existem isenções nem descontos e temos as portagens mais caras do país, sendo que já tivemos aumentos no início de 2016 e portanto a comissão defende sempre a abolição das portagens na A23, A24 e A25". Deste modo, neste encontro a comissão decidiu levar a cabo um conjunto de ações de "sensibilização, trabalho junto de autarquias e junto da Assembleia da República e ações de rua com a perspetiva de não fazer mais do mesmo, mas de arranjar outras formas fortes que ponham o assunto na ordem do dia e que façam perceber a quem decide que é importante para a região e para o país a abolição das portagens na A23", refere. Assim, promete que estarão "atentos ao dia da votação" dos projetos apresentados pelos dois partidos políticos para marcarem presença “aquando da sua discussão na Assembleia da República. Apesar das câmaras municipais já terem tomado posição contra as portagens, e devido "às mudanças do quadro político proporcionadas pelas eleições autárquicas de 2013", a comissão irá procurar realizar um "reforço e sensibilização" junto destas instituições, para que "possam trazer também a esta luta alguns meios que a comissão de utentes possa não ter, como foi esta ideia das próprias câmaras apelarem à população formas de luta e sensibilizá-las para a sinistralidade", defende o porta-voz deste grupo. Durante esta reunião, José Rocha, coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), defende que o Interior "não pode continuar a ser menosprezado em detrimento do resto do país, isto é a desertificação do Interior por medidas abusivas e nós não temos condições de continuar a suportar isto, temos necessidade de agravar as formas de luta". A problemática da interioridade também foi referida por Luís Guerra, representante da União de Sindicatos de Castelo Branco, que declarou que "face à situação de interioridade que temos, ao atraso nos níveis de desenvolvimento económico e social que esta região apresenta nós somos favoráveis à abolição das portagens". No final da sessão, o sindicalista do STAL assume que "estas ações que foram agora delineadas - como o contacto e envio de pareceres à Assembleia da República, aos responsáveis, a participação nas galerias da Assembleia da República e na rua -, são medidas que vão ter algum impacto junto da opinião pública e dos políticos que é isso que se pretende". Já o dirigente da União de Sindicatos assegura que está "muito satisfeito pela forma como decorreu a reunião, pelas presenças que teve e pelas conclusões que foram tiradas".
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