"Tem como principal objetivo promover e fomentar linhas orientadoras para o desenvolvimento da investigação na área das Ciências da Visão, no âmbito do ensino pré e pós-graduado, através da aplicação de metodologias e práticas clínicas que promovam os cuidados primários em saúde visual junto da comunidade", explicou o diretor.

Na cerimónia de inauguração do Centro, Francisco Brardo aproveitou para vincar a sua importância ao nível da formação, investigação e serviço à comunidade. "Uma formação e ensino baseados em situações reais, alicerçados numa investigação vincadamente clínica e que culmina no contributo real junto da comunidade, através da promoção da qualidade visual das populações", especificou o responsável.

De resto, o também docente da UBI sublinhou que "a integração deste Centro na estrutura da universidade, e em particular na Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), se enquadra nos novos propósitos de uma instituição do Ensino Superior: contribuir para a formação académica e humana dos seus intervenientes".

A ideia foi corroborada pelo presidente da FCS, que falou numa "integração consequente". Luís Taborda Barata lembrou que a faculdade a que preside "tem procurado agir sempre de acordo com o princípio de identificar parâmetros, fazer algo em relação a esses parâmetros e depois reavaliá-los. Significa isto que qualquer ação pode ser mensurável e podemos ver, de facto, as repercussões daquilo que nós fazemos", disse.

"Este Centro permite alicerçar várias linhas de investigação, mas que estão associadas também à educação para a saúde, esclarecimento de determinados pontos, elucidação de aspetos de prevenção", defendeu. "Em termos de investigação, ajustá-la para que possa ir da molécula à comunidade e vice-versa; e o ensino, que cubra todas as vertentes e todos os ciclos, com diversos públicos-alvo. Sob esse ponto de vista, esta estrutura é fabulosa e tem o fortíssimo potencial para o cumprir", rematou.

Presente na cerimónia, o reitor da UBI fez questão de sublinhar o papel de uma instituição de Ensino Superior, onde "não podemos separar a investigação do ensino", podendo depois, "por ser "a casa do saber", beneficiar pessoas que possam recorrer a esse saber".

Nesse sentido, António Fidalgo lembrou que "a UBI não é um concorrente no âmbito da prestação de serviços relativamente a outros concorrentes que já estão no mercado e que fazem este trabalho". Apesar de admitir que "há que rentabilizar os recursos existes", reforçou que "a universidade é uma escola e não é uma casa de negócios. Encontra-se a um nível diferente".

Focando o caráter complementar do Centro, que engloba os aspetos do ensino, investigação e prestação de serviços, mostrou-se "muito feliz por mais esta estrutura de que dispõe a FCS para um melhor cumprimento da missão de ensinar e de investigar, pelo próprio curso de Optometria e, fundamentalmente, pelos alunos, que têm agora esta possibilidade de testar os seus conhecimentos".

Financiado pelo Programa Mais Centro e pela UBI, o projeto é o resultado de uma ideia dos docentes do curso de Optometria da UBI, sendo que a equipa deste novo centro é constituída por seis elementos, dos quais três são estagiários de mestrado de Optometria em Ciências da Visão. O Centro Clínico de Ciências da Visão é aberto à comunidade e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h até às 18h, mediante marcação prévia.